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Cotidiano

Professor denuncia escolas estaduais

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A dificuldade do acesso dos alunos das escolas públicas às universidades tem motivos a serem apontados. E alguns, com origem na falta de fiscalização do próprio Estado, entidade que deveria zelar pela qualidade do ensino. Conforme o professor içarense Isac Recco Nascimento, o descaso é tamanho que, no último ano, a Escola Maria da Glória, no bairro Aurora, teria até aprovado alunos do Terceirão sem que nem mesmo eles tenham cumprido a carga horária determinada. A carta em que ele retratou a situação foi lida na sessão da Câmara Municipal na segunda-feira, dia 27. E nesta terça, será enviada à Segunda Promotoria Pública da Comarca de Içara.

De acordo com Isac, os problemas da rede pública estadual não ocorrem somente no Maria da Glória. Na tribuna, o professor de Filosofia e Sociologia citou também as escolas do Rincão, Esplanada e Vila Nova. Em ambas, há prejuízos no aprendizado causados pelos professores, ou da falta destes profissionais. O próprio vereador Darlan Carpes declarou ter contribuído negativamente neste aspecto. É que por causa das sessões, ele já deixou de dar aulas, situação que não se repete mais porque está sob licença não remunerada. “Consegui através de deputados do PSDB e PMDB”, explica ele ao falar sobre o afastamento da sala de aula, afirmando que antes tentou pelos meios convencionais apontados na Gerência Regional de Educação (Gered).

Sobre as chances de ficar desempregado, o professor explica que isto já é uma realidade. E a falta de vaga também teria ocorrido por interferência político partidária na rede estadual. Mas segundo ele, este não é o motivo para a decisão de relatar as irregularidades nas escolas. A motivação para a denúncia estaria atribuída ao cansaço de ver a falta de atenção do Estado durante os 11 anos em que é professor. “O Isac é ACT (Admissão por Caráter Temporário). Tenho certeza que haverá retaliações”, alertou publicamente Darlan.


PRAZO PARA CONTRATAÇÕES PIORA QUALIDADE DO ENSINO

As escolas estaduais podem criar vagas temporárias para cobrir a licença de efetivos somente até o dia 15 de cada mês. Ou seja, se algum professor faltar na segunda quinzena, a solução mais imediata é colocar os assistentes pedagógicos para cobrir os buracos no quadro funcional. Esta prática criada pela Secretaria de Educação de Santa Catarina também faz parte da denúncia do professor Isac Recco Nascimento. É que na opinião do içarense, a falta de professores qualificados para as devidas disciplinas também causa déficit educacional.