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Cotidiano

Reciclagem levada a sério

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O programa de coleta seletiva realizado pela Escola Municipal Ignácio João Monteiro, criou hábitos diferentes nos alunos e na comunidade do bairro Demboski. Para as 60 crianças que frequentam da 1º a 4º série do ensino fundamental, separar o lixo reciclável do que não pode ser reaproveitado é tarefa fácil, além de despertar a cultura socioambiental. Há quatro anos a comunidade escolar faz parte do projeto com material reciclável.

A atitude ecologicamente correta da população é resultado de uma iniciativa simples da diretora da escola Alenir Santina Rocha. Ela conta que sentiu a necessidade de diminuir a quantidade de lixo jogado em terrenos baldios do bairro e reaproveitá-lo. "Pensei em levar o aluno e toda comunidade a se tornar um agente transformador do meio ambiente. E estamos conseguindo, pois o hábito das pessoas já está mudando. Eles se conscientizaram que é preciso que cada uma faça a sua parte para preservar o planeta em que vivemos prova disto é que não se encontra mais lixo espalhado por ai”, diz satisfeita.

E funciona assim: todo material é recolhido em casa, levado para escola e comercializado a cada mês por uma empresa de reciclagem. Tudo é separado em cinco tipos: metal, papel, plástico, vidro. O valor da venda - muitas vezes chega a R$40 - é investido em festas, passeios e até mesmo em um lanche especial para os estudantes. Mas, antes de chegar nesta fase, a lição foi trabalhada em sala de aula por meio de vídeos, discussões sobre os problemas que o lixo traz se for jogado na rua ou em rios, aprenderam a classificar os tipos de lixo e culminou com uma passeata de conscientização no bairro. Com a consciência ecológica formada, Letícia Boaventura Rodrigues, de nove anos, conta que sua família aderiu à campanha. “Lá em casa tudo é separado, até meu avô, me entregou três sacos cheios de garrafa pet. Achei bem melhor trazer para a escola do que jogar na rua” frisou a menina.

E o projeto não parou por ai. O material que não serve para a reciclagem se transforma em obras de artes. Uma caixa de violão, por exemplo, virou uma releitura de uma obra de Pablo Picasso. Já filtros de café usados e papelão viraram um quadro numa releitura de Tharcila Amaral, tudo produzido pelos estudantes da 4º série. Além disso, garrafas pets, rótulos de embalagens, cones de papel e outros produtos são utilizados como material para alfabetização, brinquedos e bolsa produzidas em papel jornal são confeccionadas pelos próprios alunos. “O brinquedo feito com nossas próprias mãos é bem mais divertido”, falou a pequena Maria Julia Ricardo, de oito anos que freqüenta a 3º série. “Pensamos até mesmo em comercializar”, finaliza a diretora.