A partir de amanhã todos os Estados brasileiros estarão com as vigilâncias sanitárias interligadas por um sistema de software, o Notivisa. O lançamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi feito no 3º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária, que começou ontem e vai até quinta-feira no Centro-Sul, em Florianópolis.
O principal foco do sistema é a agilidade de investigação dos efeitos colaterais dos remédios que não constam nas bulas. As próprias vigilâncias irão gerenciar o sistema. Até então estas informações eram checadas por telefone de uma vigilância para outra, até o medicamento com o problema detectado ser retirado do mercado.
A idéia é tirar de circulação os medicamentos em que detectarem alguma reação adversa ao paciente que teve o uso recomendado pelo médico. O mesmo vale para equipamentos cirúrgicos, o que inclui até próteses. A qualidade das bolsas de sangue também deverá ser analisada.
As reclamações sobre reações a qualquer medicamento podem ser feitas nas farmácias sinalizadas com o selo farmácia notificadora. O responsável por esse estabelecimento poderá registrar as queixas no sistema, de onde a vigilância sanitária vai retirar a informação e efetuar a análise. Até o ano passado, este tipo de notificação era realizado somente por hospitais autorizados.
Para fazer parte do programa, a farmácia precisa estar em dia com a vigilância sanitária e conselho de saúde, além de um farmacêutico durante todo horário de atendimento. Para receber as denúncias ele precisa passar por uma capacitação de 8h-aula com a vigilância da cidade.
Este ano já são 11 Estados onde as farmácias estão autorizadas a registrar os problemas de "medicação X reação". Em Santa Catarina são 271 farmácias habilitadas, com 1,374 farmacêuticos aptos a acessarem o sistema Notivisa em 293 cidades.