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Cotidiano

Três empresas disputam obra da Via Rápida

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O sonho de um novo acesso de Criciúma e Içara até a BR-101 está cada vez mais próximo de se tornar realidade. O Deinfra realizou a abertura das propostas de preços das empresas interessadas nas obras que fazem parte do primeiro lote do Pacto Por Santa Catarina nesta última quarta-feira, dia 15. O trabalho está orçado em R$ 393.039.843,64. Ao todo são nove obras, divididas em 10 lotes, a maior delas será a construção da SC-466, mais conhecida como Via Rápida.

A Via Rápida está dividida em dois lotes. O primeiro possui uma extensão de 10.944 quilômetros e inicia na BR-101, no acesso Sul ao Balneário Rincão, e vai até o bairro Jardim Maristela, em Criciúma. O orçamento realizado pelo Deinfra é de R$ 89.291.915,20. Para esse lote apresentaram propostas: Construtora Triunfo, MAC Engenharia, Consórcio Construtor Equipav/Comsa, Construtora Sanches Tripoloni, Ivaí Engenharia de Obras. Os melhores preços foram apresentados por Equipav/Comsa e Ivaí.

Já o Lote 2 é constituído pela parte mais urbana da obra. Serão dois acessos secundários, um deles ligando a Via Rápida com a Avenida Gabriel Zanetti e o outro terminando no trevo do bairro Nossa Senhora da Salete. Seis empresas fizeram propostas: MAC Engenharia, Setep Construções, Consórcio Construtor Equipav/Comsa, Construtora Sanches Tripoloni, Confer - Construtora Fernandes Ltda e Conterra Construtora e Terraplanagem Ltda. Neste caso, os melhores preços foram feitos pela Setep e Equipav/Comsa, que ainda fez a proposta de desconto de 22,34%, caso seja a vencedora do Lote 1.

O presidente do Deinfra, Paulo Meller, explica que por se tratar de uma licitação internacional, o processo é um pouco diferente do modo realizado no Brasil. “Na licitação internacional, primeiro se conhece as propostas de preços e, somente então, é verificada a documentação, e se a empresa que apresentou o menor preço estiver apta, nem chega a ser realizada a verificação da próxima empresa”, explica Meller. O secretário regional de Desenvolvimento, Luiz Fernando Cardoso, acredita que dessa maneira o processo é mais ágil. “A maneira brasileira deveria ser extinta. Assim, da forma que foi feita essa licitação, a empresa vencedora é conhecida de maneira bem mais rápida”, relata o secretário.

Meller relata que no edital estava previsto que as empresas poderiam apresentar propostas para mais de um lote, mas poderão vencer em apenas dois. Por esse motivo não é possível saber quem ficará responsável por cada trecho. Para a definição será usada uma fórmula matemática já prevista em edital. A expectativa é que em até três meses a empresa seja conhecida. “No prazo de 60 a 90 dias vamos saber exatamente a empresa que vai realizar cada lote”, enfatiza o presidente do Deinfra.

A expectativa é que até o fim do ano as primeiras máquinas comecem a atuar na construção da Via Rápida. Paralelo ao processo de licitação está acontecendo o contrato com o BID, e com os dois finalizados, acontece a assinatura da ordem de serviço. A Via Rápida já está com todas as licenças ambientais liberadas, e assim que a ordem de serviço for assinada, as obras poderão ser iniciadas. “Os recursos já estão assegurados, dependemos, agora, somente do processo burocrático”, afirma Meller. Após o início, a empresa vencedora tem 36 meses para a conclusão.

Faltam ainda 20% de desapropriações, de acordo com o presidente do Deinfra. O Estado já possui os recursos, o entrave está por conta de processos legais, já que uma área, localizada atrás do Centro de Treinamento do Criciúma, no bairro Cristo Redentor, é invadida. “O dinheiro será depositado em juízo, e depois que a Justiça emitir o termo de posse, poderemos fazer o pagamento para os donos”, conta.

Em relação à parte do terreno do 9º Batalhão da Polícia Militar, chegou-se a um acordo que somente após a licitação seria estudado se um novo trajeto é viável. “Caso o projeto alternativo, que foi apresentado pela equipe técnica da prefeitura de Criciúma, não seja viável, vamos executar o traçado original”, salienta Meller. A medida foi acordada para não atrasar o processo licitatório.

Para se desenvolver, uma cidade precisa ter infraestrutura. Criciúma, atualmente, não possui acesso rápido à BR-101 e acaba ficando isolada, deixando de ser atrativa para a instalação de grandes empresas. A Via Rápida terá essa função e ainda criará novos espaços que poderão ser transformadas em áreas industriais. A rodovia também cortará Içara e aproximará os dois municípios da Zona Sul do Balneário Rincão.

Para o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Olvacir Fontana, que esteve presente na abertura das propostas em Florianópolis, a conquista de ontem é resultado da soma de esforços. Fontana, em 2006, quando era secretário estadual de Planejamento, foi o responsável pelo projeto da Via Rápida. Como presidente da Acic acompanhou de perto o andamento e sempre cobrou para que a obra se tornasse realidade. “Faço uma comparação com uma semente, que precisa ser regada, adubada, cuidada, que um dia vai nascer”, compara Fontana. “Esse não foi um trabalho somente da Acic, mas de Criciúma e de Içara”, completa o presidente.

Fontana destaca a importância da Via Rápida para o desenvolvimento da região. “A nossa região vinha sofrendo com a falta de infraestrutura, e a Via Rápida, além da aproximação com a BR-101 e com o aeroporto de Jaguaruna, vai criar novos espaços e, quem sabe, não se instale aqui uma grande multinacional?”, salienta Fontana. A nova via ainda facilitará o acesso ao porto seco.

O pacote que faz parte do BID VI é composto por obras em Garuva; Romelândia e Anchieta; Jaborá e Ouro; São Lourenço do Oeste e São Domingos; Jaborá; Rio do Campo e Passo Manso; Painel São Joaquim. Outra obra no Sul do Estado é a reabilitação da AE-101M, que liga Passo de Torres à BR-101. O local está bastante debilitado e será reestruturado. Para a obra, avaliada em R$ 3.034.168,88, duas empresas apresentaram propostas.


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