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Economia

Andreia Limas: Içara tem o melhor saldo de empregos da região

A cidade não só recuperou todas as vagas perdidas durante a pandemia, como ainda acrescentou 495 empregos no acumulado do ano

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O município da Região Carbonífera que mais abriu postos de trabalho com carteira assinada em 2020, apesar de todos os impactos financeiros gerados pelo coronavírus, foi Içara, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na última semana pelo Ministério da Economia.

A cidade não só recuperou todas as vagas perdidas durante a pandemia, como ainda acrescentou 495 empregos no acumulado do ano. No período entre janeiro e agosto, foram 6.040 contratações, contra 5.545 desligamentos.

O desempenho foi puxado, sobretudo, pelo setor de serviços, com saldo de 379 empregos no período, e pelo comércio, com 267 admissões a mais que demissões. A construção também teve saldo positivo, de 42, assim como a agricultura, com cinco. Por outro lado, a indústria contabiliza a perda de 198 postos de trabalho com carteira assinada nos primeiros oito meses do ano.

Destaques

Entre os 12 municípios da Região Carbonífera, oito têm saldo positivo de empregos no acumulado do ano. Além de Içara, os destaques são Forquilhinha, com 442 admissões a mais que desligamentos, e Urussanga, que chegou a 400 contratações a mais que demissões. Os demais são Nova Veneza (237), Siderópolis (102), Lauro Müller (63), Balneário Rincão (13) e Treviso (12).

Maior cidade da região, Criciúma ainda acumula 1.010 empregos perdidos entre janeiro e agosto. Em Cocal do Sul, foram 182 vagas fechadas, enquanto em Orleans a perda foi de 159 postos e em Morro da Fumaça, de 67.

Reação

Com o desempenho de agosto, a região voltou a ter mais admissões (346) do que desligamentos no acumulado do ano. Depois de voltar a apresentar saldo positivo de empregos com carteira assinada em junho, a Região Carbonífera teve em julho 1.212 admissões a mais do que desligamentos. Mesmo assim, ainda contabilizava 1.192 postos de trabalho fechados, principalmente devido às perdas no auge da quarentena, entre março e abril.

A reversão veio em agosto, com 1.473 contratações a mais do que demissões. Durante o mês, foram formalmente admitidos 6.014 trabalhadores na região, contra 4.541 demitidos no período.

Números de agosto

O melhor desempenho do mês ficou com Criciúma, que obteve saldo positivo de 535 empregos formais em agosto. Içara conseguiu o segundo maior saldo, com 383 vagas. A seguir, aparecem Urussanga, com 127; Siderópolis, com 124; Nova Veneza, com 114; Forquilhinha, com 106; Morro da Fumaça, com 54; Treviso, com 20; Orleans, com 13; e Cocal do Sul, com 12.

Apenas Lauro Müller e Balneário Rincão tiveram mais demissões que contratações, fechando agosto com saldo negativo de cinco e dez empregos, respectivamente.

No Estado

Santa Catarina voltou a apresentar, em agosto, o terceiro melhor resultado do país na geração de empregos formais. O Estado teve um saldo positivo de 18.375 vagas no mês, o melhor desempenho na região Sul do país e atrás apenas de São Paulo (64.522) e Minas Gerais (28.339), os dois estados mais populosos do Brasil.

Houve saldo positivo em todos os setores da economia catarinense. A indústria obteve o melhor desempenho, com 11.414 novas vagas, seguida pelo setor de serviços (3.609), comércio (2.048), construção civil (1.295) e agropecuária (nove). Foram 86.657 admissões e 68.282 demissões no período.

No país

Os dados de agosto do Novo Caged mostram que o mercado formal criou 249.388 novos postos de trabalho no Brasil, resultado de 1.239.478 admissões e 990.090 desligamentos. O estoque de empregos formais no país chegou a 37.960.236. “O Brasil gerou cerca de 250 mil empregos neste mês de agosto. Desde 2010, não havia um agosto com um saldo positivo de geração de emprego tão forte. No mês de abril fomos atingidos, perdemos 900 mil empregos. Agora, todos os setores estão gerando emprego. Estamos voltando para os trilhos”, considera o Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Desocupação

O entusiasmo do ministro com os números de agosto é compreensível, mas a taxa de desocupação no Brasil continua alta. Foi de 13,8%, no trimestre de maio a julho, a maior taxa da série histórica, iniciada em 2012. O índice corresponde a um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril, de 12,6%). Já em comparação com o mesmo trimestre de 2019 (11,8%) são 2% a mais. A população desocupada chegou a 13,1 milhões de pessoas, aumento de 4,5% (561 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2019. A população ocupada recuou para 82 milhões, o menor contingente da série. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, que apontou também taxa de informalidade de 37,4% no país.