Associação Empresarial de Içara adere a movimento pela restrição mais severa de publicidade às Bets

Em defesa das famílias, da saúde pública e também devido aos impactos econômicos para a sociedade, a Associação Empresarial de Içara aderiu ao movimento pela restrição severa à publicidade das bets nesta terça-feira, dia 9. O manifesto realizado pelo meio empresarial representa o reconhecimento de mais de 200 entidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná sobre os impactos crescentes do vício em jogos eletrônicos e reforça a necessidade de medidas urgentes para um setor que avança sem limites.

“Vemos colaboradores endividados, emocionalmente abalados e, muitas vezes, desesperados para conseguir simplesmente sobreviver. O problema ultrapassa o ambiente de trabalho e atinge em cheio as famílias. Quando um profissional sofre, sua casa sofre junto — e a empresa também. A produtividade cai, o clima organizacional se fragiliza e a dignidade dessas pessoas fica ameaçada. Por isso, entendemos que é urgente adotar medidas firmes para conter um ciclo que tem destruído vidas e comprometido o desenvolvimento econômico", ressalta o presidente da ACII, Reginaldo Borges Fernandes.

Manifesto PELA RESTRIÇÃO SEVERA À PUBLICIDADE DAS BETS

Milhões de famílias estão sendo destruídas, com pais e filhos perdidos no vício em jogos eletrônicos, numa compulsão incontrolável por jogar corrompendo virtudes, provocando endividamento e inadimplência, comprometendo a renda que garantia a alimentação, os estudos, até provocar a perda dos bens que acumularam ao longo da vida.

O CREMERS vem alertando para danos gravíssimos à saúde pública, já em escala de epidemia, com reflexos na saúde mental, na violência doméstica, em casos de suicídios de jogadores que não percebiam saídas para as dívidas de jogos. Entidades empresariais denunciam desfalques de funcionários corrompidos pela compulsão, perda de dignidade — no crime para pagar o vício no jogo, alertam para o futuro e a renda que o Brasil perde para outros países.

Uma doença tão grave para a saúde da Nação brasileira vem sendo impulsionada por publicidade em redes sociais e nos meios de comunicação, com anúncios sufocando o debate na opinião pública, numa distorção dos remédios que a democracia dispõe em busca da cura.

É urgente que a classe política enfrente a situação, pelo menos com as mesmas restrições à publicidade impostas aos vícios lícitos, com tributação sobre as BETS na proporção dos prejuízos à saúde pública e economia brasileiras.