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Economia

Deinyffer Marangoni: Tendências para 2021 na carreira e nos negócios

Que este seja um ano repleto de bons negócios, ótimos projetos, realizações e sucesso!

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Voltei de férias e este é o primeiro conteúdo do ano aqui na coluna de Empreendedorismo e Inovação. Antes de mais nada, quero desejar um feliz 2021, que seja um ano repleto de bons negócios, ótimos projetos, realizações e sucesso, sem esquecer da saúde, claro! Sem mais delongas, vamos ao que todo mundo (e, neste caso, você é todo mundo, embora sua mãe dizia que não rsrs) quer saber: as tendências para 2021 na carreira e nos negócios.

1. Micro Empreendimentos

A pandemia despertou o desejo de empreender de muitas pessoas, ou por necessidade, ou por coragem de tirar aquele antigo projeto do papel, ou ainda porque a vida social ficou menos agitada e, no tempo de “sobra”, alguns inventaram algum negócio para se ocupar - literalmente. Quantas pessoas você conhece que empreenderam no último ano? Quantos novos negócios você viu abrir em plena pandemia? E mais, muitos desses negócios são aquelas “lojinhas” de bairro ou apenas negócios digitais, e nem precisa de site próprio, as vezes é no próprio Instagram e WhatsApp. Isso se dá por dois motivos principais. O primeiro é que as pessoas ficaram mais em casa e procuraram comprar mais nos negócios perto de suas residências. Já o segundo é pelo valor dos pontos comerciais no centro da cidade, que são mais altos que os de bairros, em que muitas vezes o microempreendedor tem um recurso limitado para investir no negócio próprio ou não tem acesso às linhas de crédito que contemple a sua necessidade.

2. Comunidade e Consciência Social

Além da compra no bairro e fortalecimento dos negócios locais, já era tendência antes mesmo da pandemia o desenvolvimento de negócios em comunidades. Isto é, consumir e se relacionar com pessoas, marcas e empresas que têm propósitos semelhantes. Quem diria que a Anitta se tornaria head de criatividade e inovação da Skol Beats? Público (leia-se: pessoas) e propósitos em comum! A consciência social também se torna fundamental quando se fala em comunidade. Empresas que não adotam protocolos de segurança contra a Covid-19, que não cuidam do meio-ambiente e não tem valores além do próprio lucro tendem a perder espaço no mercado.

3. Empresa e Colaboradores com propósito

O que mais ouvi nos últimos dois meses foram empresas pedindo indicação de pessoas para trabalhar, porque divulgaram as vagas e não estavam achando ninguém, ao mesmo tempo que via muita gente cadastrando currículo no Banco de Talentos da ACII e amigos (próximos mesmo, não colegas) pedindo ajuda para encontrarem uma nova oportunidade, porque a empresa que estavam não os valorizava, ou não tinham perspectiva de crescimento e estavam infelizes ali. O que as pessoas querem não é um emprego, ou seja, uma forma de conseguir renda, mas sim um trabalho que case com os seus valores e que as dêem a oportunidade de se desenvolverem como pessoas e profissionais, para realizarem seus respectivos objetivos de vida. E isso não significa ter o maior e melhor salário, já vi muitas pessoas que trocaram de emprego para ganhar menos, mas porque a nova empresa atendia seus propósitos pessoais. Já as empresas não querem apenas um funcionário e que vista a camisa. Tem que suar a camisa e enxergar a empresa como se fosse o próprio empresário, não bastam apenas competências técnicas, tem que se desenvolver como humano, as chamadas soft skills.

4. Invista no marketing offline e humanize

Você está louco, Deinyffer? Todo mundo falando para investir no digital e você falando em “offline”? Sim, é isso mesmo! O digital é quase obrigatório hoje em dia, na maioria dos negócios. Sabe a estratégia do Oceano Azul, que você deve remar contra a maré para se diferenciar no mercado? Então, é basicamente isso. No digital todo mundo está e você irá dividir atenção com mais um monte de pessoas e marcas. Além do mais, a alta demanda fez com que o valor dos anúncios nas redes sociais subirem. Se antes você investia R$ 10,00 para impulsionar um post no Instagram para atingir 5000 pessoas, hoje você terá que investir no mínimo R$ 30,00 para atingir o mesmo público. Os algoritmos têm a seguinte fórmula mágica: “quem paga mais, leva!”. Além do mais, as pessoas estão mais carentes com todo este cenário de isolamento social e transformação digital, ficando mais abertas para um relacionamento "à moda antiga”. É um bom momento para investir em estratégias Omnichannel, ou seja, interligar diferentes canais de comunicação, com o objetivo de estreitar a relação entre o mundo on e offline, aprimorando, assim, a experiência do cliente. Outra dica valiosa é de humanizar as relações, ninguém gosta de ficar conversando com chatbot. Marque um café, almoço ou happy hour com seus clientes e potenciais, mas não esqueça de escolher um lugar que cumpra com todas as medidas sanitárias e de segurança.

5. Meios de pagamentos e retorno ao cliente

Se antes o pagamento em dinheiro já perdia espaço ano após ano, com a pandemia então nem se fala! Por outro lado, a confiança das pessoas com os meios digitais aumentou muito, seja nos bancos tradicionais ou nos “unicórnios” digitais, como Nubank, C6, Banco Inter e outras fintechs. O PIX veio para fortalecer os meios de pagamentos digitais. Outra tendência neste campo são os “Cashbacks”, traduzindo, os programas de reembolso ao cliente.

6. Contratos por projetos vão aumentar

Há estudos no Brasil, antes mesmo da pandemia, que apontavam que a contratação por projetos, ou temporária, iriam substituir, a cada ano, as contrações por CLT. Esta é uma tendência que se fortaleceu na pandemia. Muitos bons profissionais foram demitidos de grandes empresas e não conseguiram se recolocar, principalmente devido aos altos salários e incertezas econômicas com a “coronacrise”. Alguns dos que não decidiram abrir seu próprio negócio partiram para o freelance e estão atendendo perfeitamente as empresas, porém, com um custo menor para as empresas e, de certa forma, mais lucrativo para os profissionais, que não dividem o lucro com ninguém, atendem mais de uma empresa e tem os custos enxutos, pois trabalham em home office e de forma independente, sem registro e impostos. Já os que viraram MEI ou abriram um pequeno negócio, são contratados pelas empresas em regime de terceirização e também dão resultados em muitas das vezes. A tendência aqui é enxugar os custos fixos e aumentar a lucratividade.

7. Marketing e Vendas são as carreiras mais procuradas

Já é tendência há anos. Um bom vendedor ou marketeiro nunca fica desempregado, pelo contrário, são disputados e atraídos para empresas que tenham propósitos mais próximos com o perfil do profissional e as comissões ou desafios mais altos. Muitas empresas foram impactadas negativamente com a pandemia e precisam urgentemente alavancar as vendas. Outras mudaram o posicionamento e/ou se adaptaram a uma nova realidade, tendo que comunicar esta mudança de estratégia para as novas personas. Se tem um setor, na verdade dois, que as empresas investirão em 2021, estes setores certamente são o comercial e o de marketing. E sim, são dois setores totalmente diferentes, mas que muitas empresas enxergam como uma coisa só.

8. Capacitação e Requalificação

O lockdown fez empresas e profissionais se reinventarem da noite para o dia. A maioria das empresas já trabalhava com algum tipo de software e tecnologia para realizar as atividades, mas a pandemia nos mostrou que estávamos anos-luz atrás quando o assunto era “transformação digital” - e que transformação, diga-se de passagem! Tivemos que nos capacitar, se requalificar e readaptar a nossa rotina pessoal e de trabalho. Esta tendência continuará em 2021, talvez não aprendendo a manusear sistemas de videoconferências, ponto eletrônico e coisas do tipo, mas a gente aprenderá a aprender mais de forma on-line, híbrida e até mesmo presencial, pois os treinamentos neste último formato não acontecerão mais da mesma forma, além dos novos desafios e temas que surgiram e ainda surgirão.

O que você achou destas tendências de negócios e carreira para 2021? Já está se preparando para aproveitá-las? Lembrando que eu não tenho nenhuma bola de cristal, sou apenas um apaixonado por empreendedorismo e inovação, professor e coordenador de um curso de Administração e estou como executivo de uma Associação Empresarial. Tendências apontam um caminho, não o destino final. Se você gostou deste artigo, não deixe de comentar aqui e compartilhar com os seus amigos e familiares. Também é válido compartilhar naquele grupo da empresa, hein? Conte comigo também em 2021. :)