Em alusão à frase exposta em uma parede no bairro Próspera, em Criciúma, que diz: “Com quantos pobres se faz um rico?”, a pergunta que pode ser feita ao torcedor do Tigre é: com quantos pontos se faz um acesso. O empate em 1x1 contra o Sampaio Corrêa foi bom devido às circunstâncias do jogo, haja vista que o time carvoeiro ficou quase 90 minutos atrás no placar? Para os otimistas, sim, mas para os realistas o pensamento é de que os jogadores do Criciúma precisam dar a vida, deixar o sangue em campo para chegar à 38ª rodada da Série B do Brasileiro com chances reais de acesso.
Vontade de vencer não faltou. A falta de calma/qualidade nas jogadas ofensivas pelas pontas pode ter sido o fator que mais contribuiu para que o Criciúma marcasse apenas um gol na partida desta terça-feira, dia 15, no Estádio Heriberto Hülse. O tento ainda foi assinalado de falta, através dos pés do São Marcos Assunção, salvador da noite. A precisão do chute realizado pelo volante foi para mostrar que muitos treinam, tentam exaustivamente, mas são poucos os felizardos que sabem bater falta com genialidade.
Marcos Assunção é diferenciado, mas isso todos sabem. Melhor para o clube que tem a honra de acolher um mito, um dos melhores batedores de falta de todos os tempos que o mundo já pôde proporcionar. Ao setor ofensivo, está faltando calma, entrosamento. Falta dar aquele passe ou cruzamento de olhos fechados e saber que o companheiro está no lugar exato, tudo como planejado. Isso se adquire com o tempo. Mas o tempo não é aliado do tricolor do Sul de Santa Catarina. Com quantos pontos se faz um acesso?
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