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Le Parkour, do perigo à emoção

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Com origem francesa, o Le Parkour é uma adaptação de algumas técnicas utilizadas em guerra para o cotidiano urbano. Neste esporte, com cerca de 20 anos de existência, os atletas da cidade enfrentam obstáculos utilizando manobras radicais inventadas em sua maioria por David Balle, francês filho de um combatente do Vietnã.

No Brasil, a prática do Parkour é recente, tendo chegado ao município de Içara a, no máximo, três anos. Sua prática não é notada por ser feita em horários noturnos ou locais onde não há concentração de pessoas, pois a modalidade chama atenção e por muitos é considerada perigosa.

A popularização do esporte no país e no município se deu em boa parte por causa da mídia, de músicos que utilizaram em seus clipes praticantes de algumas manobras e por disseminação dos próprios traceurs, nome dado aos atletas de Parkour. Entre os estados que mais se destacam na prática da modalidade estão Santa Catarina, Paraná, São Paulo e o Distrito Federal.

“Comecei a praticar após ver outros atletas executando manobras de Parkour em uma praça de Içara”, revela o garoto de 10 anos, Luan Fernandes, que junto a mais 14 amigos formaram um grupo que pratica a modalidade em praças, muros e obstáculos criados por eles mesmo. “A prova de que ele pratica está nas pernas dele, onde é visível a quantidade de hematomas feitos durante as manobras”, destaca a mãe de Luan, Lucinei Medeiros Fernandes. “Brincar de pular, de correr, de enfrentar medos é normal de qualquer criança. Considero as manobras do meu filho algo normal”, completa ela.

Conforme os textos fornecidos para os traceurs no site www.abpk.com.br da Associação Brasileira de Parkour (ABPK), não existem competições, e o grande barato de praticar é a superação dos limites do corpo. “É como se seu corpo estivesse ficado sempre no piloto automático, aí você descobre pela primeira vez que é capaz de controlá-lo”, destaca uma das citações de David Belle na página da associação.

De acordo com o presidente da ABPK, fundada em 2005, Jean Wainer, a entidade está passando por reformulações e, por isso, está somente com os 10 membros que fazem parte da diretoria da associação. “A ABPK procura beneficiar todos os praticantes do Brasil inteiro apoiando projetos de não-membros da associação que necessitam o devido apoio de uma entidade reconhecida pelo governo”. Wainer ainda destaca que a partir de junho serão abertas inscrições para novos associados.

Sobre os custos, os únicos materiais necessários são a utilização de tênis e roupas leves tornando o esporte um dos mais baratos que existem desde que seja praticado com responsabilidade. Uma das regras seguidas pelos traceurs é que se não há certeza de que ele poderá passar por um obstáculo, é melhor não tentar para que os custos não se tornem altos, porém com a recuperação do atleta. Conforme a ABPK, antes de executar qualquer manobra é necessário alongar os músculos para que os riscos com contusões diminuam. A associação também lembra que por não se ter instrutores, ou locais específicos para a prática do Parkour, os praticantes devem se responsabilizar pelas suas próprias ações.


COMO COMEÇAR A PRATICAR O PARKOUR CONFORME A ABPK?

Preparação - No dia em que você treinar pela a primeira vez, seu corpo será muito exigido, e para garantir que você irá agüentar este esforço é importante preparar o seu corpo um tempo antes, que pode variar de dias até meses, dependendo apenas da sua preferência. Os grupos musculares do corpo que serão mais exigidos serão os glúteos, quadríceps, tríceps e abdominais, com destaque para o ultimo levanto em conta que a maioria das pessoas tem seu abdômen fraco comparado a outros músculos do corpo. Faça exercícios se dedicando especialmente a esses três conjuntos de músculos, mas sem esquecer o resto do corpo que também é muito importante. Lembre-se, depois dos dias dos exercícios descanse pelo menos 24 horas antes do seu treino.

Início do treino - Muito bem, chegou o dia do seu primeiro treino, coloque uma calça, uma camiseta e um tênis confortável. Chegando ao local do treino, a primeira coisa a se fazer é um aquecimento leve, para que durante o alongamento não haja lesões, e logo após, faça o alongamento, que deve ser focado apenas em relaxamento dos músculos e não em ganho de flexibilidade. Comece pelo alongamento estático, que consiste em se manter nas posições de alongamento por aproximadamente 15 segundos e sem forçar muito o alongamento do músculo, faça apenas 2 séries em cada posição. Depois de feito o alongamento estático, faça um breve aquecimento - este passo não deve ser ignorado. Como na aviação, onde o piloto primeiro aprende a pousar antes de decolar, a primeira técnica a se aprender é a aterrissagem, comece de lugares baixos, de no máximo 1 metro, vá treinando até que você não sinta qualquer impacto quando você cai no chão. É importante criar o hábito de treinar as técnicas de queda em todos os treinos, mesmo quando já se domina as mesmas, elas são muito importantes para evitarem machucados.

Final do treino - O primeiro passo para finalizar o seu treino é esfriar o corpo, fazendo assim a freqüência cardíaca baixar, para isso faça caminhadas leves ou pare e descanse um pouco, porém, antes que seu corpo esfrie completamente, você deve voltar aos alongamentos, mais exatamente ao alongamento estático, porém desta vez, visando o aumento da flexibilidade.