O cenário cercado com arame é de abandono. Tijolos continuam estocados e podem ser reparados em meio ao matagal que toma conta do terreno no Centro de Içara. As obras no Complexo Cultural Jorge Elias De Lucca estão em vias de completar dois anos de paralisação. Os trabalhos foram cessados ao terem as primeiras paredes levantadas. No início do mandato do atual prefeito, Gentil Da Luz, o espaço chegou a ser projetado para outro fim. A intenção era dar continuidade a obra para a Unidade de Pronto Atendimento 24h. Todavia, a tratativa não vingou. O projeto será construído no bairro Primeiro de Maio.
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"Feio não é mudar de ideia. Feio é não ter ideia para mudar", faz questão de comentar Gentil. Ainda segundo ele, o convencimento em continuar o prédio ocorreu por intermédio do arquiteto idealizador da construção, Ricardo Lino. A maquete elaborada por ele prevê quatro andares, com salão de exposições, teatro para 500 pessoas, sala de conferências, ateliês, Biblioteca Municipal e a Casa da Cidadania, com Procon, Sine e Junta Militar. “Vamos cobrar dos candidatos ao Governo do Estado o compromisso com a obra do Complexo Cultural”, completa o prefeito.
O projeto criado - e também paralisado - no Governo Municipal anterior estava orçado em R$ 1,8 milhão. Desse valor, R$ 900 mil seriam arrecadados através da venda das contas-salário dos servidores ao Itaú. Contudo, o dinheiro acabou utilizado para outros fins. Apenas R$ 173,2 mil chegaram a ser pagos à construtora. O débito deixado ainda somou R$ 63,9 mil. O convênio atualmente está sob investigação do promotor Henrique da Rosa Ziesemer, da Comarca de Içara.
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