O anúncio do fechamento da maternidade do Hospital São Donato por falta de repasse do Governo do Estado foi, sem dúvida, o principal assunto durante a reunião do Fórum Parlamentar Catarinense, realizada nesta manhã, em Criciúma. Dos bastidores aos discursos dos deputados.
E a conclusão que podemos tirar de todas as informações colhidas desde a reunião da direção do HSD com o secretário de Saúde do Estado, Helton Zeferino, um dia antes, até às declarações do secretário da Casa Civil, Douglas Borba, e do próprio governador Carlos Moisés (PSL), presentes em Criciúma, é que nada está muito claro.
Moisés e Douglas trazem o mesmo discurso. O Estado vai pagar pela produção e assim será com todos os filantrópicos espalhados por Santa Catarina, mas falta explicar como isso vai funcionar. Já se sabe que hospital nenhum sobrevive somente com a tabela SUS e sem os incentivos. Isso é fato.
O Governo do Estado precisa alinhar melhor suas ações para conseguir passar mais segurança na hora de negociações como essa com o HSD. Ao final, após pressão política, o governador precisou, outra vez, contornar negociações mal encaminhadas. Moisés prometeu manter o repasse até que tudo se esclareça, mas a confiança está cada vez mais frágil.
BOA NOTÍCIA - A boa notícia que Carlos Moisés trouxe para o Sul é o repasse de R$ 6 milhões para a conclusão do Centro de Inovação de Criciúma. O valor servirá para o término das obras do prédio do antigo Centro Educacional Nereu Guidi, na região central, e que foi cedido pela Unesc. O anúncio do Governo do Estado é uma conquista importante da articulação política dos deputados com liderança do presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD), com a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e Unesc.
REPRESENTATIVIDADE - O auditório Jayme Zanatta, na Acic, esteve lotado para receber o Fórum Parlamentar Catarinense e também o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
Se uniram aos deputados federais, a bancada do Sul na Alesc, prefeitos, vereadores e diversas lideranças empresariais e da sociedade. Esse tipo de encontro, que em Criciúma foi articulado pelo deputado federal Daniel Freitas (PSL), pode até não trazer efeito prático na hora, mas é de extrema importância para que as demandas do Sul ganhem força. É importante mostrar que há uma mobilização por essas pautas.
SENADO AUSENTE - Só se sentiu falta dos senadores. Nenhum dos três (Esperidião Amin, Jorginho Mello e Dário Berger) esteve presente. Também faltou uma atenção maior de deputados de outras regiões. Fora os três do Sul (Daniel, Geovania de Sá e Ricardo Guidi) apenas Rogério Peninha, Darci de Matos e Coronel Armando compareceram.
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