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Segurança

Sensação de insegurança no Rincão

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Inseguros. É assim que se sentem os moradores do Balneário Rincão. A sensação ganha proporção com o número de furtos registrados e, também, com a quantidade de policiais. Para atender todo o distrito, que em breve irá se tornar município, é destinado apenas uma viatura, que, em virtude da grande demanda, não tem condições de atender a todos os chamados.

“A gente trabalha o tempo todo com medo, porque não passam policiais aqui na frente”, conta a lojista Rosiane Borges da Silveira, que trabalha em uma relojoaria e ótica na área central da praia. “Não temos segurança nenhuma. Se chamamos a polícia na hora em que precisamos, eles demoram a chegar”, completa. De acordo com ela, já houve casos de a polícia ser acionada no momento em que pessoas em atitude suspeita entraram na loja, porém, devido à demora, os policiais só chegaram depois que o indivíduo foi embora.

“É muito pouco policial. Se chama na hora que o crime está acontecendo, eles só chegam depois que o bandido foi embora levando tudo”, fala a vendedora Luana Pelegrin, que mora no Balneário há oito anos. Alvina Cardoso reside há quatro e até hoje, não teve a casa invadida por marginais, porém tem conhecimento de muitos outros casos. “Tem acontecido muitos arrombamentos, e nos sentimos inseguros. A perspectiva é que melhore quando Rincão se tornar município”, sublinha.

Para não se tornar alvo fácil, dona Alvina toma os devidos cuidados. Sua casa possui muro alto, além disso ela procura não deixar materiais na rua. “Não deixo à mostra nada que possa ser furtado. Tem que ter precaução. Todo o cuidado é pouco”, comenta. A loja de Rosiane também conta com sistema de segurança para inibir a ação dos criminosos. No interior do estabelecimento há câmeras de monitoramento, que são ligadas a outras lojas da rede. “Se entra algum suspeito, a gente já pede para o pessoal da outra loja ficar de olho e, se for preciso, acionar a policia”, conta.

O major Jorge Luiz da Silva, da Guarnição Especial de Içara, conta que não há efetivo suficiente para realizar o policiamento em toda a praia. “Diariamente tem uma viatura fazendo rondas na localidade, que é grande demais, com mais de 10 mil casas fechadas. A escassez de policiais e a grande demanda refletem nisso”, observa.

“É óbvio que deveríamos ter mais policiais, mas é o que temos no momento. Não podemos deixar sem policiamento. A Polícia tem trabalhado dobrado para dar resposta à sociedade. Existem muitas ocorrências, e, infelizmente, as pessoas têm que aguardar”, completa acrescentando que sete policiais estão prestes a se aposentar neste ano.

Mas mesmo com as dificuldades apresentadas, ele comenta que estão sendo efetuados bons trabalhos, que têm refletido na diminuição da quantidade de furtos. Em 2011 foram registrados 241 furtos em todo o balneário, que engloba também as lagoas, bairro Pedreiras e Balneário Barra Velha. Já neste ano, até domingo, foram 90 casos anotados.

“Diminuiu o número de furtos em relação ao ano passado, e isso tem a ver com as ações realizadas diariamente, durante operações em bares, atuando nas ruas em diversos horários”, enfatiza. Para este ano, a PM ainda estuda implantar outro projeto que visa combater o furto e o tráfico de drogas, os dois principais problemas do distrito.

O major ainda enaltece que os policiais precisam da ajuda da comunidade para que esses crimes sejam evitados. Ele fala que os moradores devem evitar deixar objetos de valor na casa que fica fechada durante a baixa temporada e, principalmente, visitar mais o empreendimento. “Tem gente que vem no verão e depois só retorna no início da temporada para limpar a casa”, comenta.


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