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Cotidiano

Evento valoriza adolescência em Esplanada

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Aos 19 anos, Naiara da Costa Damasceno é casada e mãe de uma menina de um ano e três meses. Isto significa que quando engravidou tinha 17 anos. Algumas das amigas que residem na comunidade de Esplanada também tiveram filho na adolescência. Conforme a enfermeira responsável pela Estratégia de Saúde da Família na comunidade, Margarette Bortolatto, das gestantes que ainda recebem acompanhamento na unidade de saúde, 60% delas são menores de 17 anos. Por isso o assunto foi abordado numa reunião no salão da igreja neste último sábado, dia 30.

“Acho bastante importante este evento. É uma forma de esclarecer e orientar as adolescentes à gestação precoce. A maioria das que conheço engravidou sem planejar”, diz Naiara. “Um filho é uma responsabilidade bastante grande. Tem que ser muito bem planejado. É importante falar de gestação. Muitas que engravidam, em sua maioria adolescente, não têm noção do significado de uma gravidez”, argumenta Ester Gonçalves Nunes, de 22 anos, mãe de dois filhos.

“Quatorze por cento das adolescentes brasileiras já têm pelo menos um filho. É um índice preocupante. De 12 a 19 anos, a pessoa está vivendo um momento rico de descobertas e mudanças, seja ele físico, emocional, social e afetivo. Uma gravidez precoce interrompe este desenvolvimento”, aponta o secretário municipal de Saúde, Lauro Nogueira. Além da palestra com ele, o evento teve testes rápidos de saúde promovidos pelo programa DTS/HIV/AIDS, atividades recreativas organizadas pelo Centro de Referência de Assistência Social de Esplanada, além de lanche e sorteio de brindes.

“Muito bom ver, em um sábado à tarde, adolescentes, mães e avós que vieram de maneira espontânea. Tenho a certeza que o trabalho à prevenção será repassado”, enaltece o prefeito Murialdo Canto Gastaldon. “Acredito que a palestra alcançou a meta. Este evento é o início de um trabalho a ser desenvolvido juntamente com a ESF de Esplanada, onde realizaremos a formação de grupos de gestantes e trabalhos na escola, sendo este último a resultado de longo prazo, mas necessário visto que muitas que engravidam abandonam os estudos”, pontua o psicólogo do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, Sérgio Gobbi.