Conforme o Observatório do Clima, o Brasil deve limitar as emissões a 1 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente em 2030. Isto significa uma redução de 35% em relação aos níveis de 2010. “A mitigação de emissões nos traz grandes oportunidades, assim como não fazer nada nos traz grandes riscos”, garante o coordenador geral Carlos Rittl.
O especialista garante que investimentos na recuperação de pastagens degradadas e na expansão da agricultura de baixo carbono, por exemplo, podem criar cadeias produtivas que vão gerar novos empregos e trazer ganhos para a economia. “Cerca de 10% do território nacional é composto por pastagens subutilizadas”, calcula.
Segundo Carlos Rittl, até o final de julho de 2015, mais de 1500 municípios do Brasil haviam decretado situação de emergência ou calamidade pública por conta de desastres ligados ao clima, como enchentes, estiagens e deslizamentos de terra. “O aquecimento global poderia piorar esse cenário”, alerta.
O documento também sugere a neutralidade de carbono no mundo em 2050 e, no Brasil, propõe a restauração de pelo menos 14 milhões de hectares de florestas nativas, aumento de energias renováveis não-hidrelétricas de 12% para 40%, expansão do uso de biocombustíveis, restauração de 18 milhões de hectares de pastagens degradas, entre outras medidas.
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