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Economia

Safra de fumo deve render R$ 56 milhões

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O agricultor Jaime Pedro Stano, da Linha Três Ribeirões, está na fase de classificação do fumo. Os seis hectares plantados renderam cerca de 15 toneladas que vão começar a ser negociadas na próxima semana. “Muita chuva no começo do plantio e depois os grandes períodos de seca atrapalharam a qualidade do produto. Mesmo assim, como aumentei a produção, os lucros na venda serão parecidos com os da safra passada”, afirma.

As sete mil toneladas produzida em toda Içara devem ser vendidas em média a R$ 8 o quilo. Isto representa aproximadamente R$ 56 milhões. Das seis empresas que realizam a compra, apenas a Souza Cruz já anunciou reajuste de 6,4% na tabela de classificação. “Todos os anos a tabela é unificada e acreditamos que esse ano não será diferente”, relata o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Içara, Hercílio Jair D´Stéfani. O processo de negociação deve perdurar até meados de abril.

“Já chegamos a produzir cerca de 14 mil toneladas, mas desde 2006 a área destina à lavoura de fumo vem reduzindo consideravelmente. Hoje plantamos cerca de três mil hectares do produto, mas já chegamos a ter cinco mil hectares ocupados com a planta”, confirma Jair. Segundo ele, os motivos da queda no plantio estão relacionados à falta de mão de obra e ao aumento da fiscalização do Ministério do Trabalho. “A maioria dos produtores não está substituindo a cultura e sim deixando de usar as terras para plantio”, adverte.

Conforme o secretário de Agricultura de Içara, Geraldo Baldissera, o município tem conhecimento dos problemas. “Já procuramos o ministro do Trabalho, Manoel Dias, e devemos repetir o apelo para que sejam revistas as regras de fiscalização nas contratações temporárias. O agricultor não tem trabalhadores em regime de escravidão como preconiza a normativa do Ministério. Esta medida deve servir para os grandes produtores, não para as pequenas propriedades familiares que é a maioria em Içara”, defende o secretário.