Com uma taxa de crescimento de 21% nos últimos 10 anos, Içara desponta como uma das cidades de maior habitação no Sul de Santa Catarina. É a quinta no ranking local, atrás da líder Criciúma e da sequência formada por Palhoça, Tubarão e Araranguá. Se desconsiderado o Rincão, então, cai uma posição devido a Laguna. Com apenas 15 domicílios não computados pelo IBGE no Censo 2010, a contagem dos moradores içarenses alcançou exatas 58,815 mil pessoas. Desse total, 10,927 mil estão no distrito litorâneo.
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02/08/2010 » Iniciada revisão populacional em Içara
Conforme o coordenador do IBGE na regional que compreende Içara e outras seis cidades, Gustavo Perez Lemos, nos lares que não foram encontrados moradores, o IBGE estimará um número. Por isso, a estatística somada com as entrevistas ainda terá alteração. A previsão é que o resultado final tenha divulgação ainda nesta semana. E, que a pesquisa completa esteja disponível para consulta em 2011, incluindo por exemplo o número de pessoas em Içara com parentes fora do país.
Para o economista Juliano Goularti, "Içara não somente esta crescendo no número de habitantes, mas também economicamente". Na avaliação dele, "certamente se estivesse ocorrendo um desaquecimento na economia regional e/ou local, poderia haver uma estagnação ou leve diminuição na população, pois as mesmas migrariam para outras cidades em busca de oportunidades. Como é o caso de muitos municípios da região Oeste, onde as pessoas migraram em busca de trabalho, estudo e oportunidades".
Dentre os números que Juliano se baseia para destacar o potencial alcançado por Içara está o Produto Interno Bruto (PIB). Atualmente, gira na casa dos R$ 700 milhões. No entanto, em 2000, era de R$ 280 milhões. Ou seja, 150% de diferença. "Outro dado é que em 2000 a arrecadação era de R$ 34,5 milhões. Já para 2011, está prevista em R$ 141 milhões, um crescimento de 308%", destaca ele com relação a projeção da Prefeitura Municipal.
Pelos dados coletados nos quase 160 setores que dividiram Içara, a mudança do perfil da cidade ficou evidente. No passado, a quantidade de homens chegava a ser 1,5 pontos percentuais superior ao de mulheres, como revelou o Censo de 1991. Já em 2010, o que se verificou foi uma população 49,8% masculina e 50,2% feminina. "Isto pode ser devido a expectativa de vida das mulheres estar maior", verifica Gustavo.
O Censo também mostrou que 92% dos lares estão em área urbana. Em 1991, a taxa de pessoas por casa era de 3,57. Agora, são 3,18. Somente de 2007 até 2010, o crescimento foi de 7,4 mil moradias, alcançando então 29,1 mil lares. Neles, a taxa de natalidade está cada vez menor. Em 1991, As crianças com menos de três anos representavam 7,68% dos moradores. Já os içarenses com mais de 69 anos chegavam a 2%. Agora, estes índices estão, respectivamente, em 4 e 3,68%.
Próximo ao crescimento de unidades habitacionais em todo o município está o índice de construções não ocupadas permanentemente no Balneário Rincão. Das quase 13 mil casas existentes no distrito, cerca de 8,7 mil são de uso esporádico ou estão sem moradores.
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