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Cotidiano

Leite materno: o melhor alimento do mundo

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Lívia Eggres Brandão veio ao mundo em meados de maio. Surgiu como uma surpresa para a mamãe de primeira viagem, Sálin Eggres. No começo, as dúvidas de como lidar com a pequena menina apareceram principalmente na hora de amamentar. As mamadas iniciais, inclusive, não foram nada fáceis. Lívia não se adaptava ao peito da mãe e, mesmo querendo mamar, rejeitava qualquer que fosse a tentativa.

“Ela não pegava direito e ficava irritada. Por conta disso, chorava muito e não conseguia sugar. Mas aos poucos ela foi aprendendo e se adaptando, até porque, hoje existem acessórios que auxiliam neste momento. Eu optei por comprar um bico que se acopla ao seio e isso acabou se tornando mais fácil. Hoje ela mama normalmente, como qualquer criança”, relata.

Já para a mamãe Amanda Torres e a filha Alice, a história não foi tão boa. Ela conta que quando descobriu que estava grávida, tinha consciência que manter a amamentação era fundamental pelo menos nos seis primeiros meses de vida da criança. No entanto, o desejo não saiu como esperado. Alice mamou apenas 15 dias e depois rejeitou o peito da mãe. “Eu tinha pouco leite e ele acabou secando. Como ela tem um mês, eu dou um leite próprio para criança que compra em farmácia ou supermercado. Ela se adaptou bem, mas não era o que eu queria, minha vontade mesmo era de amamentar”, ressalta.

Aos 19 anos de idade, Amanda Baldini Cardoso está na reta final da sua primeira gravidez. Ela conta que, nesse momento, sente um misto de medo e inexperiência, mas garante que seu maior objetivo é amamentar Maria Laura. “Eu sei que isso só fará bem para ela e é o que eu quero. Ainda sou meio inexperiente, mas vou fazer de tudo para que ela mame o máximo que puder”, afirma. “É uma experiência incrível que me aproxima dela e o mais importante que isso, a protege de várias doenças. Quero amamenta-la por muito tempo ainda”, assinala Sálin.

De acordo com enfermeira coordenadora de Atenção à Saúde da Mulher de Içara, Maristela Paz Meinert, a prática traz inúmeros benefícios tanto para a mãe, quanto para a criança. “Esse contato entre mãe e filho é fundamental, por isso é tão importante que uma hora depois do nascimento, o bebê dê a primeira mamada para ter esse toque de pele com a mãe”, explica. “Além disso, existe a questão da prevenção de doenças e o fato do leite materno ser o melhor alimento do mundo. Não existe nada que substitua”, acrescenta.

“Para a mãe, colabora na diminuição do colo do útero, contrai com mais facilidade. Previne também o câncer de mama porque faz uma esfoliação natural. Pro bebê, é extremamente importante porque ele recebe uma carga imunológica que a mãe já adquiriu há muitos anos. Essa imunidade geralmente está no colostro, no começo do leite. Fora isso, vale reforçar que nenhum leite industrializado, por mais técnicas que sejam utilizadas, irá se igualar ao materno”, esclarece.

“Essa questão de ter o leite fraco é mito. Às vezes existe toda essa situação externa que acaba interferindo na hora de amamentar. Outra coisa que é importante alertar é que muitas vezes uma mãe quando amamenta o filho, fica trocando de seio várias vezes. Só que na verdade, ele só se sustenta de fato depois da metade da mama, quando o leite é mais forte. Então é importante que marque o lado que deu a última mamada para trocar na próxima e não ficar alternando”, enaltece.

A enfermeira explica também que a exclusividade da amamentação é até os seis primeiros meses de vida. “A partir daí, a inserção de alimentos é necessários. Mas a mãe deve continuar amamentando até que a criança complete dois anos de idade, depois disso, o leite materno já não traz mais os benefícios apresentados anteriormente”, pontua.