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Rinconenses aguardam solução para SC-444

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Grande parte dos moradores dos municípios de Criciúma, Içara e Balneário Rincão são praticamente obrigados a passar quase que diariamente pela Rodovia Deputado Paulino Búrigo, SC-444. Seja para ir trabalhar, estudar ou passear, a rodovia é o caminho mais rápido e fácil entre os municípios. Não é à toa que ela recebe aproximadamente 33 mil veículos diariamente, sendo assim a terceira mais movimentada do Estado, ficando atrás somente da SC-401 e SC-405, ambas em Florianópolis.

Com o passar dos anos o movimento aumentou, mas a rodovia não acompanhou este crescimento. Por conta disso os congestionamentos são constantes e consequentemente acidentes também. A reportagem do Jornal do Rincão percorreu a rodovia desde a entrada do Balneário Rincão até a BR-101, em Vila Nova. Durante o percurso não foi difícil perceber a falta de infraestrutura e de segurança, tanto para os motoristas como para os pedestres.

Pouco depois de sair do Rincão já se pode perceber a falta de acostamento, que segue até o final do percurso. Ao chegar em Pedreiras outro problema chama a atenção: o trevo que dá acesso às lagoas e à Urussanga Velha. De acordo com o comerciante Luiz Gustavo Da Luz Neto, que mora e trabalha no local há 29 anos, acidentes são comuns o ano inteiro, porém com menor frequência no inverno.

“No verão neste trevo acontece cerca de três por semana. Já no inverno cerca de dois por mês”, enumera. Para Luiz o problema só será resolvido com a construção de uma rótula. “Muitas pessoas param do outro lado da rodovia e vem fazer compras a pé porque sabem que do contrário terá que ter paciência para esperar. Com a instalação da rótula terá maior fluxo de carros e resolverá este problema”, avalia.

Passando o trevo de Pedreiras vem um redutor. A velocidade máxima permitida é de 50 quilômetros por hora, mas poucos motoristas seguem este aviso. Isso coloca em perigo a vida do infrator e ainda das pessoas que passam por ali, já que há estabelecimentos comerciais próximos da rodovia.

Um dos trechos que exige maior atenção dos motoristas é na Lomba de Pedreiras. Neste trecho onde era para ser o acostamento está tomado por buracos que chegam a medir quase dois metros de profundidade. A ultrapassagem é proibida, mas a imprudência de motoristas irresponsáveis já provocou acidentes com óbitos. Segundo o empresário Sedevaldo Oliveira há dois meses ele não conseguiu escapar de um acidente pela falta de acostamento. “Estava vindo para casa e um carro cortou a minha frente. Como eu estava devagar tentei desviar, mas não tive para onde ir, e acabei batendo”, relembra.

Outro problema apontado é o perigo para os pedestres. Segundo o aposentado Emário Correia da Silva quem mora em Lombas a cada vez que precisa deixar a rodovia corre risco. “E os pedestres também. Já teve dia de eu ter de desviar de pessoas andando a pé e de bicicleta”, conta. Outro trecho perigoso da rodovia é em Sanga Funda. No local uma escola primária e uma igreja margeiam a via de um lado e casas do outro. A distância é pequena. Isto acaba aumentando as chances de acidentes como o que aconteceu com a Mãe de Joseane Silveira.

“Há dois meses um carro desgovernado invadiu o terreno da minha mãe. Bateu de frente com o muro”, relembra. Ela mora no local há 29 anos, e conta que já presenciou acidentes envolvendo uma criança que saia da escola. “Deveria ser colocado aqui uma lombada eletrônica. Pois com o redutor ninguém respeita”, avalia.

E quem não tem carro e depende de ônibus também sofre. É que são poucos pontos que contam com uma proteção. Em alguns deles é necessário ficar embaixo de sol ou chuva esperando o ônibus passar. Um pouco antes de chegar à Vila Nova pode-se notar que há poucas horas havia sido consertado buracos na via. No mês passado o Jornal do Rincão denunciou a situação da rodovia que logo em seguida recebeu o conserto. Durante a semana passada novos buracos apareceram e já foram consertados. O conserto dura pouco tempo, e logo os buracos novamente voltam a aparecer.

Em Vila Nova a falta de acostamento persiste. Além disso, os moradores reclamam da falta de um retorno. Segundo o comerciante Altemir Sartor Dapper, a rodovia precisa com urgência de acostamento e rótulas para fazer o retorno. “Para fazer o retorno é preciso passar a BR-101 e entrar no posto de gasolina”, conta.

REVITALIZAÇÃO - A SC-444 será uma das contempladas pelo programa “Pacto por Santa Catarina”, que irá injetar mais de R$ 20,4 milhões em obras para os municípios que pertencem à Secretaria Regional de Criciúma. “São obras que fazem parte de uma lista de solicitações antigas da região e certamente darão um impulso econômico em nossos municípios”, destacou o secretário Regional de Criciúma, Luiz Fernando Cardoso.

De acordo com o secretário Regional de Criciúma, Luiz Fernando Cardoso, será 1,570 milhão destinado à revitalização da SC-444 e ainda a instalação de trevos-alemães. “As licitações estão sendo realizadas no decorrer desse mês. Já o inicio da obra estimo que fique para março de 2013”,explica Cardoso. Para ele a preocupação é não causar transtornos durante a temporada de verão. “Não podemos trabalhar na via sem ter que bloqueá-la. Durante a semana a rodovia é movimenta, e nos finais de semana mais ainda”, analisa.