Ações ajudam animais do Balneário Rincão

Um novo lar para 30 cães, 25 filhotes e cinco adultos, e ainda R$ 700 de contribuição. Este foi o resultado da última feira de adoção promovida pelo Lar Voluntário Cão do Rincão no último final de semana. “Não íamos fazer, mas pensei: será um final de semana movimentado com a final do Praião. Então reunimos o pessoal que colabora conosco e montamos tudo. A maioria dos cães adotados foram filhotes. Ainda temos cachorros adultos esperando para ganharem um novo lar”, disse a idealizadora do projeto, Fabíola Lino.

A feira aconteceu durante todo o sábado e domingo, dias 23 e 24. No domingo ainda foi realizado um pedágio solidário. “O Evandro, que faz todo nosso material gráfico, fez um cartaz em uma folha A4 com os dizeres “1º Pedágio Solidário Cão do Rincão”. Cinco garotas penduraram o cartaz no pescoço pediram contribuição em todo o Rincão para o projeto”, disse.

Durante o pedágio, o gesto de uma mulher chamou a atenção. Fabiola conta que pediu para sua filha e outras garotas irem até à rodovia SC-444, pois o movimento de pessoas voltando para casa é intenso, formando inclusive filas. Enquanto elas pediam contribuição, uma mulher as abordou. “Se eu contribuir vocês cuidam de dois cachorros que tenho aqui?”, perguntou a mulher. Antes de serem recolhidos por essa mulher, os dois cães estavam abandonados no Parque das Nações, em Criciúma, e seriam sacrificados. “Minha filha olhou os cachorros e disse para ela: “Pode deixar que agente cuida deles””, conta. Então a mulher ajudou com R$ 50 e pediu o telefone para entrar em contato.

No dia seguinte a mulher entrou em contato diversas vezes para fazer mais doações. “Ela perguntou o número da minha conta bancária, mas disse que se quisesse ajudar poderia pagar nossa conta em agropecuárias ou em veterinários”, conta. Enquanto trabalhava, Fabíola recebeu mais uma ligação. “Ela me disse que já tinha pagado nossa conta na agropecuária, na clínica e ainda deixado duas castrações pagas e que queria trazer os recibos”, conta. O ato solidário emocionou os voluntários. “Perguntei à ela por que nos ajudou tanto. Ela me disse que nunca, em nenhuma outra instituição, havia visto tanta disponibilidade e carinho pelos cães. Que quando ela perguntou se cuidariam dos dois cachorros e disseram: pode deixar que a gente cuida deles, ela sentiu o diferencial”, conta.

Uma rifa já está sendo confeccionada e será vendida em todo o Balneário Rincão para angariar recursos para a castração de 200 cadelas de rua em comunidades carentes do município. O custo da rifa é de R$ 2, e a premiação são duas bicicletas que foram adquiridas no 7º Passeio Ciclístico de Integração. “Essas bicicletas foram ganhadas com muito trabalho e força de vontade. Ganhamos com a maior equipe. Saímos com 100 participantes e chegamos com 38 bicicletas. Outra bicicleta foi doada por uma participantes”, conta Fabiola. O sorteio acontece na Rádio Comunitária do Rincão. Na ocasião ainda será realizado mais uma feira de adoção. “Ainda queremos fazer brincadeiras para as crianças. Isso é uma forma de incentivar a gostar dos animais”, enfatiza. Para mais informações, basta ligar para o telefone 3468-0004.

Outra campanha que o Lar Voluntário Cão do Rincão quer fazer é para garantir que o balneário não tenha mais cães nas ruas. Mas para que a campanha “Cão na rua no Rincão não” dar certa, Fabiola pretende contar com o apoio do poder público. “Queremos conscientizar a população que tem cachorros para não deixá-los na rua. O cachorro que estiver na rua vamos passar recolhendo e levando para o abrigo”, conta. Nos casos de pessoas que não tem condições de fazer uma cerca para manter o animal dentro do seu terreno, Fabiola pretende fazer uma parceria com a prefeitura do Rincão para que seja doado o material para cercar a casa. “É barato doar uma tela para pessoas que realmente precisam fazer uma cerca e manter seus cães dentro do cercado”, analisa.

Além ajudar com a confecção das cercas, a intenção, segundo Fabíola, é ajudar a cuidar dos animais. “Vamos fazer uma estudo para ver quais pessoas tem cachorros mas não tem condições de cuidar. Queremos ajudar essas pessoas doando correntes, coleiras e ração”, antecipa.