Numa lata, uma fita vedante contra a luz é retirada. E por alguns segundos, o mundo passa por um pequeno buraco e acaba registrado em um pedaço de filme fotográfico. Esta é a câmera artesanal utilizada pelo artista Álvaro de Azevedo Diaz. E o resultado de todo o trabalho desenvolvido por ele através desta técnica está na Casa da Cultura Padre Bernardo Junkes, no Centro de Içara. A exposição promovida pelo Sesc Santa Catarina foi iniciada nesta quarta-feira, dia 27, e seguirá até o dia 26 do próximo mês.
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Divididos em painéis, 10 imagens são reveladas. Todas elas reproduzidas através do filme fotográfico, com cores e nitidez variadas. Isto porque neste processo artesanal, não há lentes e nem controladores automatizados. "Contemplar criticamente a paisagem tecnológica que nos cerca parece, de fato, o objetivo principal das câmeras sem lentes de Álvaro de Azevedo Diaz", destaca o jornalista, doutor em Sociologia Política, Jacques Mick.
"Ao abrir mão do visor, o fotógrafo aceita o desafio de produzir imagens sem vê-las de antemão. O enquadramento da cena a ser registrada (e por consequência a ideia convencional de composição) é uma etapa inexistente neste método do trabalho", explica a artista plástica Letícia Cardoso.
QUEM É O ARTISTA ÁLVARO DE AZEVEDO DIAZ?
Mora em Florianópolis e começou a fotografar em 1979. É fotógrafo, professor, artista plástico e curador. Participou de diversas exposições, individuais e coletivas, em salões, museus e galerias no Brasil e no exterior. Destacam-se o V Salão Nacional Victor Meirelles de Artes Plásticas em 1997, o 7º Salão de Artes do Museu Panorama da Arte Brasileira em 2002 a exposição coletiva Moments Of Intimacy. Atualmente é professor de fotografia do Curso de Comunicação Social da Associação Educacional Luterana Bom Jesus, em Joinville (SC).
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