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Cotidiano

Ciclista ultrapassa 76 mil quilômetros de viagem em passagem por Içara

Meta de Manoel Ramos é atingir 120 mil quilômetros pedalando pelo Brasil e países do Mercosul

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Manoel Ramos, natural de Cedro de São João, em Sergipe, está desde 10 de janeiro de 2021 na estrada com a bicicleta Guerreira. É assim que ele chama a companheira dos 76 mil quilômetros que já percorreu. São em média 100 quilômetros por dia em busca das belezas naturais do Brasil e do Mercosul. O trajeto mais recente foi de Três Cachoeiras, no Rio Grande do Sul, até Içara. E a meta é chegar ainda ao total de 120 mil quilômetros.

"Essa ideia eu tive com 22 anos. Mas devido ao trabalho, nunca consegui. Foi preciso coragem e fé. Tenho Deus e a ajuda das pessoas. Tudo o que eu tenho hoje, em cima da bicicleta, foi por doação das pessoas. Carrego aproximadamente 32 quilos de pertences pessoais. Tudo o que preciso está nessa mochila com dois compartimentos", ressalta o viajante de 63 anos.

Abrigo solidário

Em cada cidade, Manoel procura um posto da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros para ter abrigo. Algumas vezes, dorme em um posto de combustível na rodovia. "E sempre registro fotos e vídeos para postagem nas redes sociais. Procuro a entrada das cidade, museus e as principais praças, onde estão as igrejas, para colocar no YouTube. Essa já é a terceira vez que passo por Içara", ressalta. Na plataforma do Google, @manoelramos6509 acumula 961 vídeos e 1,13 mil inscritos.



“O Corpo de Bombeiros é uma instituição bem vista pela comunidade e, por isso, viajantes nos procuram para pedir esse apoio. Aqui sabem que sempre são bem recebidos. A gente presta esse apoio quando a logística nos permite e o alojamento comporta. Na maioria das vezes, damos um jeitinho pra dar um acolhimento”, pontua o chefe de socorro do Corpo de Bombeiros de Içara, subtenente Marcos Afonso Passetto.

"Quando pedalo, peço a Deus para que o percurso seja bem sucedido. E o pensamento passa a ser o destino. Decidi que seria em 120 mil e vou seguir até o fim. De Içara, parto para Lauro Müller e subo a Serra do Rio do Rastro até Lages. Quando eu completar a quilometragem, vou desmontar a bicicleta e seguirei para Aparecida do Norte em agradecimento", diz Manoel.

E depois dos 120 mil quilômetros? Manoel diz que pretende estar aposentado, ter um local na beira de um rio para plantar salsinha, cebolinha e outros itens que ajudem a complementar a renda. "Em todos os países por onde pedalei, as pessoas me acolheram super bem. Há coisas que não precisam fazer sentido, apenas é necessário que valha a pena. Não sei ler, nem escrever, mas conheci culturas diferentes e fiz muitas amizades nessa jornada. Isso é gratificante", pontua.