Comunidade feminina completa um ano

As dificuldades cotidianas permanecem as mesmas. Os recursos são pequenos se comparados com os projetos. Além disso, a estrutura não comporta toda a demanda represada. A consequência disso é então uma lista com mais de 100 nomes à espera de uma vaga na comunidade terapêutica feminina Deus está aqui. Com a contribuição das famílias e de voluntários, a entidade içarense já completou o primeiro ano de existência em 17 de março. Até agora passaram 27 mulheres pela casa no bairro Coqueiros e outras 15 seguem em tratamento contra dependências químicas.

A comemoração pelo aniversário da comunidade acontecerá com uma série de atividades neste próximo domingo, dia 24. O evento será na Associação do Giassi, em Lagoa dos Esteves, no Rincão. Uma apresentação é preparada pelas internas. Além disso, a equipe que atua no tratamento fará parte do cerimonial a partir das 10h. Ao meio-dia será servida a paella do chef Motta. Já às 14h ocorrerá uma palestra com Andrea de Bem sobre as "Mulheres de grande valor". O ingresso custa R$ 20,00 e pode ser requisitado pelos telefones (48) 9641-4079 e 9658-9330.

“A nossa intenção é arrecadar recursos para transformar o espaço de vivência em dois quartos. Esta ampliação possibilitaria mais 10 vagas. Já para os encontros familiares pretendemos erguer uma lona”, ressalta a presidente-fundadora Rosane Cavalheiro de Oliveira. Ela faz parte de uma equipe de oito pessoas que se envolvem no dia-a-dia das internas. A rotina na casa compreende os afazeres domésticos, atividades laborais e orações. Tudo acompanhado por psicóloga. “Aceitamos contribuições. Estamos precisando principalmente de máquinas de costura para as atividades”, ressalta.

“Somos a única entidade no estado que aceita mulheres grávidas. Há duas nestas condições atualmente. Uma de oito meses e outra de quatro. Dependemos muito de doações. Araranguá é o primeiro município que oficializou convênio conosco para a manutenção de cinco vagas. De Içara temos atualmente quatro mulheres em tratamento. Dentre elas, três foram encaminhadas pela Subsecretaria Municipal de Políticas Sobre Drogas, mas sem recursos públicos”, completa.