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Desafio agora é a valorização como mulher

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A mulher conquistou o mercado de trabalho, ganhou o direito de ter representatividade social e política. Mas ainda é preciso consolidar a ocupação destes espaços sem que haja preconceito. Isso vai além da guerra de sexos. Depende da própria valorização entre as mulheres. Afinal, elas são maioria em Içara. Também estão em maior número no país.

“A participação cada vez maior no mercado de trabalho traz consigo uma explosão de sentimentos. O mais vilão deles é a culpa. A culpa de não dar atenção devida aos filhos, de não ser uma mulher atenciosa e atraente para o companheiro (a), de não corresponder as expectativas do chefe, não conquistar seus objetivos e o mais antigo fantasma, de não ser uma excelente dona de casa”, coloca a psicóloga Maria Isabel da Silva Custódio.

Essa múltipla jornada é observada como obstáculo em diferentes setores. “Elas acabam largando suas carreiras por falta de flexibilidade de horários”, avalia a vice-presidente da Associação de Jovens Empreendedores de Içara, Janine Reginatto Richetti. “Uma pesquisa da Dow Jones Ventura Source constatou que ter uma mulher na liderança aumenta as chances de êxito. As empresas bem sucedidas, em média, têm duas vezes mais mulheres nos postos de comando do que aquelas que estão mal sucedidas”, sublinha.

“No meio político não é tarefa fácil, mas de extrema importância e relevância social na luta emancipacionista e de igualdades de gênero, pois é através deste espaço que podemos discutir e defender a implantação de políticas públicas para as mulheres e lutar para diminuir qualquer forma de descriminação e preconceito que ainda vivenciamos diariamente em nossa sociedade. Somos 51,5% da população e apesar de sermos a maioria do eleitorado, representando 51,7% do total, somos em número insignificante na representação dos cargos políticos”, lembra a vereadora Edna Benedet (PCdoB).

Dos 513 deputados federais eleitos, somente 45 são mulheres. No Senado Federal elas são apenas 14,8% dos 81 integrantes. “Em Içara, essa realidade não destoa, apesar de sermos a maioria da população e dos eleitores, não elegemos ainda nenhuma prefeita, nenhuma mulher nestes 50 anos de história presidiu a Câmara Municipal e somente duas mulheres foram eleitas para ocupar uma cadeira”, coloca.

“A escolha de ser independente, de casar e de não casar, de gerar ou adotar ou de não ter filhos, de dedicar-se somente em sua carreira profissional ou de ser dona do seu lar, da sua opção sexual ou escolher um pouquinho de cada coisa... A principal lição que a mulher aprendeu em toda a evolução humana é que ela é a única provedora de sua felicidade”, indica Maria Isabel.

“Ser mulher vai muito além de ser do sexo feminino e frágil. Mulher é guerreira, batalhadora, dedicada e corajosa. Luta pelos seus ideais. É capaz de enfrentar a vida pelo que ama. É frágil e forte ao mesmo tempo. É a fonte de inspiração de muitos poetas”, sintetiza Janine. “O desafio é não perder a feminilidade, respeito, sonhos e objetivos, sua vaidade, olhar humanitário, gentileza e a essência. A mulher tem que ser cuidada com delicadeza, carinho, afeto, respeito, cordialidade e sem duvida com amor”, enaltece Maria Isabel.