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Cotidiano

Hospital São Donato luta para se reerguer

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O último ano não foi muito bom para o Hospital São Donato. Denúncia de fraude, investigação da Polícia Federal, dívidas, falta de médicos plantonistas e ameaça de greve, fizeram que a instituição perdesse a credibilidade perante a sociedade. Porém, o que muitos não sabem, é que desde o ano passado muito está sendo feito para melhorar a imagem da entidade. E o trabalho iniciou com a nova administração, que preza o melhor atendimento.

Treinamento dos funcionários, trabalho de humanização e ética profissional são algumas das atividades desenvolvidas na instituição. “No final de novembro realizamos uma reunião e os nossos colaboradores assinaram um termo de comprometimento e mudança com o hospital. Foi a partir deste dia que começamos a plantar a semente do bem”, ressalta a psicóloga Adriana Colombo.

Com o intuito de saber o que está acontecendo, a psicóloga também se encarrega de fazer as visitas em todos os setores da entidade. “Converso com os pacientes e procuro saber como eles foram atendidos. Recebemos muitos elogios e as críticas servem para nos mostrar o que está acontecendo de errado”, comenta Adriana, acrescentando que as maiores reclamações eram do pronto socorro. Para ela, o pronto socorro é a entrada do hospital e por isso que este setor também está sendo trabalhado. “Já treinamos as recepcionistas e enfermeiras. Em breve vamos realizar o procedimento com os médicos também”, informa.

A psicóloga também destaca que todas as críticas são analisadas e estudadas junto com a diretora administrativa, Cleide Geremias. “Chamamos o responsável pelo setor para saber o que está acontecendo e poder melhorar”. E para poder melhorar a imagem junto aos fornecedoras, as dívidas estão sendo quitadas. Cleide informa que as dos anos de 2008 a 2010 já foram pagas, mas mesmo assim o valor ainda é grande.

O presidente da entidade, Acirton Costa, destaca que assumiu a presidência com mais de R$ 200 mil em dívidas. Hoje, está com cerca de R$ 107 mil. “Com a ajuda dos médicos e corpo clínico estão conseguindo nos reerguer. Estamos batalhando para recuperar o atendimento e qualidade. Todo recurso está sendo bem empregado”, ressalta.

FUNCIONÁRIOS - E a mudança já está mostrando resultados, pelo menos dentro do Hospital São Donato. Quando a entidade estava passando por crises, muitos funcionários queriam deixar a entidade, mas hoje não largam por nada. É o caso da enfermeira Edilene Ghedim.

A enfermeira conta que estava para sair quando a nova administração assumiu. Porém, ao perceber a mudança acabou optando em ficar em Içara, recusando o convite para trabalhar em outros hospitais. O que mais chamou a atenção de Edilene na nova administração foi à transparência. “Sabemos tudo o que está acontecendo na entidade. Tudo é conversado e passado para gente”, comenta.

Para a diretora-administrativa, a transformação é perceptível, pois tanto o número de cirurgias particulares como as pelo Sistema Único de Saúde (Sus) cresceram. “Isso é importante para o hospital, pois a gente vê que os médicos estão acreditando”, destaca Cleide. “Os funcionários estão mais conscientes e confiando na mudança também”, expõe Adriana. “A Cleide consegue enxergar a luz no fim do túnel”, ressalta Edilene.

A LUTA CONTINUA - Quando todos os problemas apareceram no Hospital São Donato, eles chegaram a ficar com apenas 12 médicos plantonistas. Hoje, pode-se dizer que o problema está quase solucionado. Para fechar o quadro de profissionais no mês de março, faltam apenas 8%. “Ainda estamos com problemas na escala para os finais de semana. É o que mais nos preocupa”, informa o diretor-técnico Roberto Omomo. Hoje a entidade conta com 31 médicos. Na outra administração eram 40. “Estamos conseguindo trazer médicos de outros lugares. As pessoas estão voltando a acreditar em nós”, reafirma Cleide.

DÉFICIT MENSAL - O problema com a falta de médicos plantonistas ainda continua. Porém, o pronto socorro atende mais pessoas do que o esperado. Atualmente, o governo do estado repassa R$ 30.652,10. O valor é para atender 2502 pessoas por mês. Mas são realizados mais de 5 mil atendimentos mensalmente, gerando uma despesa de R$ 50.200, e um déficit de R$19,547,90 para a instituição.

Para Omomo, os grandes números de atendimentos do pronto socorro têm a ver com o mau funcionamento dos postos de saúde do município. “Atendemos casos que não são de emergência e isto gera gastos”, conta o diretor técnico. Este problema foi abordado na última semana, durante uma reunião na Câmara de Vereadores. E com o intuito de solucionar o problema, uma nova reunião com o secretário de saúde deve ser agendada.
Polícia Federal aponta irregularidades

O delegado da Polícia Federal, Rafael Broiette, comenta que realmente houve irregularidades nos procedimentos do Sistema Único de Saúde (Sus). Pelo menos foi o que apontou o relatório parcial entregue pela regional de saúde ao delegado. Um prazo para que as partes envolvidas apresentassem a defesa foi emitido, a entidade já se manifestou e agora aguarda a análise da regional, que é feito em Florianópolis. Sem prazo para conclusão.

O delegado ainda destaca que não é possível apontar os responsáveis, mas se as irregularidades forem confirmadas, os envolvidos no caso serão responsabilizados. “Só será possível afirmar quem e quantos são os envolvidos quando a investigação chegar ao final”, informa a autoridade. Caso seja apontado os responsáveis, eles irão responder processo por estelionato. A pena para este tipo de crime é de até 5 anos, porém como se trata de um delito contra entidade pública isto pode aumentar. A denúncia de fraude foi realizada o ano passado pelo diretor - clinico da entidade, Lauro Nogueira.


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