Mamãe, vovó, bisavó e tataravó. Aos 88 anos, Dona Maria dos Santos Rebelo é tudo isso. E, tem motivos de sobra para comemorar os laços afetivos. Assim como ocorre atualmente com várias mulheres, ela já tinha jornada dupla no século passado. Cuidava da família e ainda trabalhava fora de casa, como professora.
Na residência de madeira que habita, a aposentada guarda muitas lembranças. Natural de São José, ela atuou primeiro numa escola da rede municipal, em Rio Acima. Depois, se transferiu para a rede estadual. Passou pela comunidade de Urussanga Velha. E, assumiu então o cargo no bairro Aurora.
Da união com o mineiro Albino Felisberto Rebelo, conhecido como Chumbo, foram somados de quebra também três filhos. E, a partir daí a família só cresceu. Chegaram os 13 netos, além de 11 bisnetos. No último dia 28, nasceu ainda a pequena Jhenifer Francisco Teixeira. Filha de Mônica Rebelo Francisco e Ednaldo Vieira Teixeira, a menina com poucos dias de vida representa a quarta geração de descendentes.
“As vezes, cada um vai para um lado. Mas, no final é lá que se encontram. Todos os finais de semana estamos juntos”, revela a filha de Dona Maria e Chumbo, Maria da Glória Rebelo Antônio. Neste Dia das Mães não será diferente. A data é lembrada com um tradicional almoço. Isto significa gargalhadas na certa. Brincalhões, as risadas são escutadas a cada vez que os integrantes da família se reúnem. Com 87 anos, Chumbo também arrisca algumas brincadeiras. “Somos muito unidos”, afirma Maria da Glória.
Se a escola é uma segunda família, a aposentada pode se considerar mãe também de muitas pessoas. Sorridente, ela lembra dos alunos. E, fica mais contente quando é lembrada por eles. Alguns ainda a visitam. É que o contrário já não é mais possível. Com pernas frágeis, precisa de ajuda para caminhar. Passa parte dos dias na varanda ou na sala, de onde observa junto a Chumbo o movimento da rua.
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