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Cotidiano

Momento de celebrar com professores

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“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”, já dizia a poetisa Cora Coralina. Nesta terça-feira, é lembrado o Dia do Professor. Profissionais que diariamente buscam levar a educação aos seus aprendizes e, consequentemente, também aprender com eles. Conforme o dicionário Aurélio, professor é “o que ensina; mestre; membro do ensino que organiza os trabalhos práticos e colabora nas pesquisas”. Em homenagem a estes profissionais, o Jornal Gazeta entrevistou dois deles.

Uma das pessoas que optou pela carreira de professor, foi a içarense Maria Terezinha Gastaldon. Ela, que hoje tem 79 anos, iniciou na profissão quando tinha apenas 17. Sobre os motivos que a fizeram que fosse às salas de aula para lecionar, Terezinha coloca a família. “Na minha família, tanto do lado paterno quanto materno, havia muitos professores. Além disso, naquele tempo, a única profissão considerada como feminina era a de professor. Isso tudo, aliado ao fato de que ser professora era a minha vocação, tanto que me realizava muito mais na sala de aula do que nos cargos administrativos que cheguei a ocupar”, comentou.

Conforme ela, em Içara, além de lecionar Língua Portuguesa, também chegou a ocupar o cargo de diretora na antiga escola Antônio João (atual Salete Scotti dos Santos); isso já aos 19 anos, quando foi aprovada em concurso. “Hoje muita coisa mudou, mas posso garantir que na época em que dei aula era muito bom ser professor, porque havia o respeito dos pais, professores e dos demais colegas, o que fazia que sentíssemos estimulados e que conseguíamos estimular os outros por essa razão”, declarou. Para ela, hoje os próprios pais são muito liberais com os filhos e quando é exigido que estudem e se dediquem mais, eles são contra. “Claro que não é a maioria, mas há. Antigamente era ao contrário, os pais batalhavam juntos com os professores por uma educação melhor”, afirma.

Sobre os professores de hoje, a aposentada conceitua que são “heróis”, já que segundo Terezinha, não há mais aquele respeito que valia muito mais do que o salário. “E espero que os adolescentes e jovens que pensam em seguir esta carreira, também sejam heróis porque será necessário. Ainda acredito que haverá uma melhora na educação, afinal, sem professores não há educação e é somente por meio dela que o país pode mudar”, acredita.

Outro exemplo que carrega a educação na carreira é o professor de Educação Física, Marcos Duarte. Ele está na área desde 1993, quando ingressou na escola Ângelo Zanelatto e segue até os dias atuais, exercendo a função de professor e treinador na escola Paulo Rizzieri, do bairro Boa Vista. Por 13 anos, ele atuou no Colégio Cristo Rei e há nove anos é efetivo na rede municipal de ensino. “No início o desejo forte de trabalhar com basquetebol, que posteriormente passei também para o futsal e depois dar aula fez parte do contexto”, contou o professor sobre o seu início na área.

Questionado se vale a pena ser professor, ele respondeu que quando se está fazendo algo que se gosta, ainda vale a pena. “Mas tudo ainda depende do local de trabalho, onde relacionamos com colegas e a comunidade escolar. Alguns locais os alunos são mais difíceis de lidar, já outros são muito mais receptivos e educados. Na sala de aula o que vale a pena é você conseguir a criança ter o seu desenvolvimento melhorado, de ela conseguir fazer coisas que achava ser impossível e saber o sentido da cooperação e respeito”, destaca.

Por ser professor de educação física, Duarte ainda leva seus alunos à competições escolares e diz que esse é um ponto fundamental para o aprendizado. “Colocar na cabeça deles que mesmo na derrota podemos ser campeões e fazer com que saibam que se der o melhor pode vencer, é o que mais me empolga”, finalizou.