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Cotidiano

Moradores de Poço Oito cobram indenização

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Cerca de 35 famílias da comunidade de Poço Oito sofreram desapropriações em decorrência das obras da Via Rápida. Os trabalhos iniciaram há um ano e essas mesmas famílias terão, novamente, que ceder espaço para a continuação da construção. No entanto, até o momento, nada foi acertado com o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). No ano passado, três famílias chegaram a abrir mão de mais alguns metros de terra com a promessa de que seriam reembolsados em outubro. Cinco meses se passaram e, segundo os moradores, a cor do dinheiro sequer foi vista.

Por causa do impasse, os agricultores resolveram se unir e realizar um protesto nesta quinta-feira na localidade de Ponta do Mato. “Faz um ano que a obra começou e até agora muitas famílias ainda não foram procuradas para falar das desapropriações. Algumas até cederam espaço e deveriam ter recebido o valor no ano passado, o que não foi feito. Portanto, iremos fazer esse protesto como forma de mostrar que não vamos deixar por isso mesmo. Estamos reivindicando um direito que é nosso. Não adianta fazer a Via Rápida se, por trás, muitas coisas estão sem ser resolvidas”, reclama o agricultor, Antônio de Bona.

“Se nada for resolvido, vamos fechar também na Primeira Linha e Terceira Linha. E não permitiremos que as obras prossigam sem que tudo seja acertado de maneira correta. Em 2010, foi feito um projeto para uma rodovia pedagiada, depois mudaram para uma rodovia duplicada, mas sem pedágio. E então, com a Via Rápida, alteraram o projeto novamente. Mas nesse tempo todo, já se sabia sobre a necessidade de desapropriações. Todavia, informação bem fundamenta não é passada aos moradores”, afirma.

Através da assessoria, o presidente do Deinfra, Paulo Meller, manifestou que nos últimos dias o departamento está com R$ 3,5 milhões relacionados às desapropriações da Via Rápida. “Isso envolve 31 imóveis, onde esses citados no Poço Oito, provavelmente, estão incluídos. O problema é que cada autorização de pagamento demora cerca de 15 dias. É depositado o cheque no Banco do Brasil, que envia o dinheiro para o Deinfra e paga pessoalmente cada morador”, afirma. “Já foram pagos R$ 25 milhões, o que corresponde 80% das indenizações previstas”, completa.

VISTORIA - Além do não pagamento de indenizações, os moradores também reivindicam esclarecimentos maiores sobre a Via Rápida. Na próxima segunda-feira, dia 31, será realizada uma vistoria nas obras que atingem Içara. O pedido foi feito pelo vereador André Mazzuchello Jucoski, o Polakinho (PSDB). "O intuito é ver como estão os trabalhos, como funcionará o escoamento de água, principalmente pelas fortes chuvas que tiveram em Içara e também saber quando serão pagas as desapropriações”, pontua.