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Cotidiano

Novos trechos do rio Içara são canalizados

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Você consegue imaginar o rio Amazonas canalizado por tubos de concreto e coberto por terra? É interessante como algumas coisas que parecem tão inconcebíveis quando distantes de nossas residências são alvo de decisões tão diferentes quando próximas. Pois é isso que alguns moradores e empresários sem a mínima preocupação com o futuro estão fazendo com o rio Içara, no Centro da cidade. O problema é que as pessoas que parecem pensar seriamente no futuro da cidade não são ouvidas e ninguém parou para imaginar os transtornos que obras, aparentemente tão pequenas, possam causar para as próximas gerações. Basta ver o exemplo da cidade de Criciúma, que possui grave problema de alagamentos até hoje devido a má conservação de seus rios.

Quando alguém decide “entubar” o rio, esquece que, mesmo que o diâmetro do tubo sustente a vazão das águas, o acúmulo de sujeira, materiais e galhos em seu interior pode funcionar como uma represa e causar transbordamentos no leito do rio à montante. Numa área já caracterizada por problemas com aluviões e enchentes, essa, definitivamente não é uma boa idéia e, no mínimo, caracteriza desprezo para com o espírito público e o bem comum.

Na edição 07, datada de 9 de fevereiro de 2007, o Jornal Agora alertou para a situação crítica dos rios no município, em especial o rio Içara e chamou atenção para os riscos que essa situação poderia causar. Como que para legitimar as previsões do jornal, as chuvas que caíram sobre a região no início do mês de abril provocaram diversos pontos de alagamento, inclusive com fortes correntezas, em diversos pontos da cidade. Na parte baixa do Centro não foi diferente. Uma das vias da Avenida Procópio Lima detinha uma lâmina d’água com mais de 150 metros de extensão.

Recentemente, por ocasião da construção da quadra poliesportiva e da pista de Skate próximo ao viaduto, a Secretaria de Obras do município realizou a cobertura de mais um trecho do rio. Justificável pelos benefícios à comunidade. Contudo, os demais proprietários dos terrenos por onde passam os rios não possuem os mesmos nobres sentimentos. Segundo o diretor-superintendente da Fundai, Ricardo Lino, que agrega ainda a condição de coordenador do Plano Diretor da cidade, “essas regiões próximas aos rios deveria ser preservadas e criados passeios urbanizados, para caminhadas, com bancos à beira rio, ao invés de serem tapados – o que acarretará em graves problemas no futuro. No mínimo, deveria ser aguardado o início das discussões participativas do Plano Diretor para decidir a melhor forma de aproveitamento do rio”.