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O amor vence barreiras...

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“Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer, que não existe razão?”. A letra desta música do Legião Urbana, intitulada Eduardo e Mônica, marca o momento pela qual estão passando o casal * Fabrício e Luciana ( nomes fictícios). Eles namoram há um ano sem o consentimento dos pais dela. Luciana, 23 anos, filha única, estudante e Fabrício, 27 anos, é diagramador. Segundo ela, os pais são contra o namoro, pois de acordo com eles, Fabrício não seria a pessoa ideal. “Minha mãe tirou suas conclusões quando visitou o orkut dele fazendo um pré-julgamento. Leu algumas coisas que não gostou. Contou para meu pai e a partir daí começaram nossos desentendimentos. Meu pai teve até um principio de infarto”, conta Luciana e ressalta que o preconceito com relação ao padrão social do namorado também é levado em conta.

A partir de então, começaram os conflitos. Ameaçaram tirar o carro, suspender o pagamento da faculdade, a conta do celular era supercontrolada entre outras coisas. A situação chegou a tal momento que andar de mãos dadas na rua nem pensar, sair para uma balada, muito menos e o casal resolveu terminar a relação. Os pais ficaram sabendo e conseqüentemente mais felizes. Só que para o casal, a felicidade era estar juntos, tanto que o afastamento não levou muito tempo. Eles resolveram conversar e tentar novamente. Hoje os encontros dependem das mentiras que ela consegue pregar em casa. “Digo que vou na casa de amigas, para aula, enfim para qualquer lugar menos que vou me encontrar com ele”, conta Luciana.

Fabrício comenta que o melhor é não comprar esta briga agora. “Tudo tem seu tempo. No final do ano ela termina a faculdade, começará a trabalhar e a idéia é de alugar um apartamento para morar sozinha. Ela não dependerá mais dos pais dessa forma não terão mais que se meter em nossa relação” desabafa Fabrício. O Dia dos Namorados para eles, com certeza será comemorado. “Mas em outro dia até mesmo para não dar bandeira para os pais”, falam sorrindo.

Conforme a psicóloga Samira Abdenur, namorar faz muito bem, mas apenas quando aproximam as pessoas e não quando causa brigas e desentendimentos. No caso deles, a psicóloga acredita que é normal que aja uma resistência dos pais e seria interessante que houvesse uma conversa entre eles. “Os pais iriam notar que um faz bem para o outro e poderiam pensar melhor”, diz Samira ressaltando que antes de tudo, o casal precisa ter certeza que realmente é isto mesmo que eles querem. “Pois uma relação depende do que um sente pelo outro, se realmente existe amor eles serão felizes”, afirma. A psicóloga ainda explica que o modelo de uma relação ideal é milenar e vem desde a época de Romeu e Julieta, onde os pais têm uma postura, um modelo que a pessoa para ser feliz numa relação é levado em conta os valores materiais. “Quem está de fora muitas vezes não leva em conta que o sentimento que um sente pelo outro é o fator mais importante”, finaliza.