O desafio de Inês Salvador

Uma reunião realizada na última quarta-feira na Escola de Educação Básica Melchíades Bonifácio Espíndola com pais, professores e a Gerência Regional de Educação (Gered) trouxe algumas soluções para os problemas existentes na instituição. Uma delas foi à apresentação da diretora Inês Salvador Cesca, pedagoga com mestrado em Educação e com 22 anos de trabalho no Estado. Casada e mãe de dois filhos já formados, Inês considera o convite um desafio, pois já está no fim da carreira profissional.

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A pedagoga já iniciou seus trabalhos na escola na quinta-feira. E, avalia a situação não tão ruim quanto o que havia escutado. Ela elogiou os trabalhos da Associação de Pais e Professores (APP), É que, diferente de muitas outras na região, tem dinheiro em caixa. E, garantiu que vai tomar providências para solucionar os problemas apontados pela comunidade na reunião com a Gered.

"Vou me empenhar ao máximo para colaborar com os professores, alunos, escola e com a comunidade porque eu ainda acredito na educação, pois é assim que iremos mudar o mundo", completa. Além do trabalho sério, Inês também conta com o apoio da comunidade, que se mostrou comprometida com a educação de seus filhos. Segundo ela "tudo depende dessa parceria".

Para dar vida nova ao colégio, a diretora promete não medir esforços. Segundo ela, o laboratório de informática deve estar funcionando em breve, pois os pequenos ajustes que faltam como mesas e instalações elétricas já estão sendo providenciados. A escola recebeu mais 17 computadores. Para a biblioteca funcionar e estar à disposição dos alunos, ela vai readaptar um professor, já que a mesma está montada e pronta para uso.

Inês destacou que a Secretaria da Educação já liberou quatro professores auxiliares para ajudarem os professores com os alunos especiais. Falta apenas um professor de Biologia. "A falta de professores não é um problema exclusivo dessa escola, mas de toda a região", enfatiza a diretora. Ainda segundo ela, o quadro de professores é excelente.

Também conforme Inês, o ginásio de esportes da escola necessita de melhorias. Adiantou que todas as portas e vidros serão trocados, assim como o telhado será revisto. “A estrutura de ferro pode estar prejudicada pela maresia, mas nada que possa causar preocupação. Os materiais esportivos já estão na escola e nas próximas semanas chegarão mais”, garantiu.

Ao falar com a imprensa, a nova diretora não fez questão de esconder que a escola tem algumas fragilidades. Uma delas é a falta de transporte para professores, já que o último ônibus passa 20h30min e muitos dependem desse meio de transporte para retornar para suas casas. Ela também falou sobre o episódio da última terça-feira, que envolveu uma aluna e uma professora. E, lamentou o fato, torcendo para que casos semelhantes a esse não aconteçam outra vez.

"Fatos como esse prejudica todos nós, alunos, professores e também a comunidade", pontua. A diretora enfatiza principalmente a importância do diálogo e da parceria. Para ela, é fundamental saber que um dos quatro pilares da educação elencado pela ONU (Organização das Nações Unidas) é aprender a viver junto, e é também o mais difícil.

Inês destacou o programa Escola Aberta no Melchíades. Segundo ela, alguns professores já se colocaram a disposição, voluntariamente, para ajudar no programa. "O Melchíades é uma das poucas escolas da região onde funciona o Programa Escola Aberta", acrescenta.


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