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Cotidiano

Os Meninos da Guerra na fuga do nazismo

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Segurando com força as mãos firmes do pai, o garoto rompe os sonhos de criança e corre na fuga dos soldados nazistas pelos matos de Serniki, na Polônia, no inverno de 1939. Com pouco mais de três anos, não sente medo e confia que na proteção do pai nada irá lhe acontecer. A história de Hilel Silberfarb, um sobrevivente das barbáries do holocausto, hoje conhecido como Guilherme, vivendo no Rio Grande do Sul é relatada no livro: Os Meninos da Guerra, de Wilson Amaral.

Guilherme e seu pai Samuel, foram os únicos sobreviventes de uma família de quatro filhos e esposa da perseguição monstruosa do movimento fascista. Foram quase seis anos vivendo nos matos escondidos em tocas e árvores e comendo raízes e caças. E, como se não bastasse à batalha diária para se esconder dos soldados, os ferimentos provocados por balas de fuzis e doenças como o tifo, nas precárias condições de saúde, seria mais um conflito na luta incessante de pai e filho para manterem a vida.

O relato comove pelos acontecimentos envolvendo uma criança. Mesmo sem oportunidade de vivenciar a inocência da infância e de entender o sentido da violência, teve que amadurecer com o genocídio. O relato rompe o estigma registrado pelos historiadores, de que somente os judeus eram os perseguidos e foram exterminados.

Mostra a violência contra os comunistas, homossexuais, ciganos e, a resistência dos prisioneiros que tentaram fugir e lutaram pela liberdade, num dos episódios de maior atrocidade contra a humanidade deixando marcas profundas na história mundial. Em 1993, Guilherme viria a ser uma importante fonte de pesquisa para ao roteirista Steven Spiller na composição do filme “A Lista de Schindler”, onde mostrou o extermínio a sangue frio de mulheres, crianças e adultos, nos campos de concentração.