Apesar de serem contratados pela Afasi, os servidores trabalhavam para a Secretaria de Saúde de Içara em cargos que variavam desde serviços gerais até médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem. Ao serem demitidos, diversas unidades de saúde paralisaram, incluindo o Centro de Atendimento Psicológico e Social (Capes).
Por conta de toda a situação criada, o repasse de informações ao Ministério da Saúde está comprometido. Os boletins de atendimento deveriam estar finalizados no dia 20, data em foi oficializada a desvinculação da Afasi. Através deste relatório são enviadas as verbas para o pagamento dos atendimentos feitos pelo Programa Saúde da Família (PSF).
Outro problema que também pode dificultar a saúde pública em Içara é que, ao serem demitidas as equipes básicas do PSF, a Secretaria de Saúde poderá ficar sem receber R$ 96 mil referentes a janeiro. Para evitar o corte no recurso, seria necessário cadastrar os profissionais que trabalharam no período. E, se isto acontecer, a prefeitura estará assumindo automaticamente o compromisso de pagar os 20 dias em que os serviços foram mantidos, mesmo sem um novo convênio com a Afasi.
NAELTI VIANA SE MANIFESTA SOBRE O CAOS NA SAÚDE
Mediante a falta de pessoas para distribuir medicamentos e fazer o atendimento no sistema de saúde içarense, o ex-vice-prefeito, Naelti Viana, se manifestou publicamente na quarta-feira, dia 21. Em um encontro com os ex-funcionários da Afasi, realizado na Cooperaliança, ele explicou que estava de férias e que acompanhava os problemas de Içara através da mídia. Agora, no retorno às atividades como empresário, foi integrado ao movimento e estará na luta para colocar os salários em dia.
“Eu não queria estar nesta situação. Se nós ganhássemos as eleições, estaríamos comemorando”, explicou ele. “Por quatro anos fui vice-prefeito, eleito por vocês. Agora, é minha obrigação estar aqui”, completou.
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