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Cotidiano

Reciclagem prestes a ser implantada em Içara

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Depois de muitos problemas e indefinições, parece que realmente a Cooperativa de Reciclagem de Içara (Cooperi) será implantada. Conforme o presidente do Comitê Gestor, Gilmar Bonifácio, o terreno para a construção do galpão já foi adquirido e a documentação também foi acertada e encaminhada para análise na Caixa Econômica Federal. “Dentro de dez dias a Caixa deve divulgar a resposta”, comenta.

Se tudo ocorrer como o planejado, as obras devem ser iniciadas no dia 30 de abril. “O serviço deve estar concluído entre os meses de julho e agosto deste ano”, ainda ressalta. Ele também destaca que o Município está se esforçando para implantar a cooperativa de reciclagem. Para o coordenador da Cooperi, Vidal dos Santos, pelo tempo de espera eles se encontram mais com os ‘pés no chão’. “Confesso que a expectativa é grande, porém estamos aguardando a definição para podermos dar os encaminhamentos nos projetos”, expõe.

Para evitar que novos problemas apareçam, Gilmar Bonifácio prefere não revelar, por enquanto, em qual localidade se encontra o terreno. O medo é que a comunidade se revolte contra a instalação da cooperativa, como aconteceu em Rio dos Anjos. De acordo com ele, a implantação do sistema de coleta seletiva faz parte do plano de governo de Gentil da Luz e José Zanolli. Porém, a medida também irá atender as exigências legais.

A lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, obriga os municípios a separarem os resíduos sólidos e fazerem a correta destinação para a reciclagem. E a instalação da Cooperi será fundamental para que o sistema funcione corretamente. “Na outra administração já tentaram implantar, só que não foi possível, pois não tinha um local de destino adequado”, argumenta. “Tem que ter a coleta seletiva. Não tem como iniciar a cooperativa sem a coleta. Sem falar que um não funciona sem o outro”, expõe Vidal.

A coleta seletiva no Município de Içara deve entrar em funcionamento ainda este ano, após a conclusão do galpão de reciclagem. “Este é um desejo da população”, expõe. Para saber qual o melhor sistema a implantar, Gilmar destaca que visitas estão sendo efetuadas em cidades que já utilizam a coleta seletiva. Até o momento, o que se sabe, é que o sistema vai ser aplicado aos poucos. Primeiramente, ele começará a funcionar em três bairros depois será estendido para os demais. “Vamos começar aos poucos, pois desta forma é mais fácil resolver os problemas que por ventura podem surgir”. A intenção é que o sistema esteja em funcionamento em todo o município até fevereiro de 2012. Em todo o Brasil, o sistema deve ser implantado até 2014.

EM CASA - O sistema de coleta seletiva no município de Içara ainda está sendo finalizado. O próximo passo é contratar um profissional para dar andamento ao processo. Enquanto o projeto não é aplicado, é necessária a conscientização dos cidadãos, pois a separação dos produtos recicláveis será feita diretamente pelas famílias. E esta não é uma tarefa tão simples, como conta a dona de casa, Bárbara Cândido.

Ela começou a fazer a separação do lixo quando teve conhecimento da lei, há cerca de três meses. “No início foi difícil, pois acabava esquecendo”. Para Bárbara, o mais complicado do processo de separação é pegar o hábito. “Até hoje, às vezes, eu esqueço, mas a consciência pesa e depois vou lá e separo”, comenta. Na residência de Bárbara existem três lixeiros. Um é para colocar o lixo orgânico, o outro para plástico e outro para papel. Depois que o sistema for implantado, um caminhão vai passar para recolher o lixo reciclável e outro para recolher o lixo normal. O transporte já foi conquistado pela administração municipal e está previsto para ser entregue ainda no primeiro semestre.

Além de fazer a separação, Bárbara ainda limpa o material reciclável. E esta é uma medida que deve ser adotada por todos. Isto porque além de sujar o outro lixo, causa mau cheiro. “Essa técnica dá mais trabalho, pois além de separar, temos que limpar”, acrescenta Bárbara.

Segundo Bonifácio, campanhas de conscientização serão efetuadas. “Vamos fazer um processo de educação ambiental nas escolas e conscientizar os alunos.”, ressalta o presidente, acrescentando que desconto na taxa de lixo para quem fizer a seleção estão sendo estudadas. “Estou tentando fazer da forma mais correta. É mais complicado executar, pois é mais fácil misturar do que separar”, conclui Bárbara.

DESTINO - O material reciclável recolhido será encaminhado a Cooperi. Lá o lixo passará pelo processo de triagem e separação. “Depois será prensado e negociado com as empresas”, comenta o coordenador da Cooperi, Vidal dos Santos. Por ser uma cooperativa de reciclagem, o valor adquirido com a venda do produto será dividido entre os cooperados, que são em torno de 22 pessoas. “O dinheiro também servirá para o pagamento das despesas da Cooperi”, acrescenta.

Após a implantação da cooperativa, outros sistemas estão sendo estudados para ajudar na arrecadação do material reciclado e destino. “Estamos pensando em trabalhar também com outros tipos de cooperados. Por exemplo, uma pessoa de fora ficará responsável em recolher o material e depois encaminhar para a Cooperi. A pessoa terá os mesmos direitos dos outros trabalhadores”, destaca Vidal.

Usar o material reciclado em artesanato também é uma ideia. “As garrafas petis podem se transformar em vassouras e o isopor em travesseiros”, comenta Vidal. O presidente do Comitê Gestor, Gilmar Bonifácio, também compartilha da mesma vontade. “Futuramente podemos ampliar o espaço para a mesma ou outra para fazer o reaproveitando o material”.