Além de fiscalizar as obras na orla do Balneário Rincão, o Ministério Público Federal também verificou no último dia 13 a preservação dos sambaquis Sebastião Geraldo e Maria, ambos no bairro Mirassol, localizados nas dunas centradas atrás da Associação das Mulheres Voluntárias. Patrimônios da União, os espaços pertencem ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). E, a construção de moradias, bem como a destruição destas áreas é considerada crime ambiental.
Conforme a procuradora responsável pelo caso, Rafaella Alberici, as ordens que constam na Ação Civil Pública movida contra a Prefeitura Municipal determina uma série de cuidados para evitar a depredação do patrimônio. Dentre as medidas a serem adotadas, está o cercamento da área, impedimento da construção de moradias a uma distância de pelo menos 50m, fixação de placas informativas e promoção da Educação Ambiental.
Na opinião da coordenadora dos museus de Içara, Sanete Monteiro Dagostim, as medidas que precisarão ser implantadas são importantes, “já que os sambaquis fazem parte do Patrimônio Cultural da cidade e as pessoas precisam respeitar e valorizar a riqueza arqueológica local”. Atualmente, parte dos objetos já encontrados no Balneário Rincão possui exposição permanente. Os materiais podem ser vistos no Museu Arqueológico Nossa Senhora dos Navegantes.
HISTÓRIA: A palavra Sambaqui é oriunda da língua indígena tupi. E, significa monte de conchas. Junto com o resto de crustáceos, é comum encontrar raspadores de conchas, facas de pedra, urnas e esqueletos, já que os povos indígenas utilizavam os materiais nos espaços funerários. Já os batedores, suportes de pedra e a grande quantidade de lasquinhas indicam a fabricação dos objetos. Restos de fogueiras mostram também que os índios preparavam alimentos e se aqueciam.
Na edição 18 do Jornal A Cidade você também confere:
» POLÍTICA: Prefeito e vice nas mãos de Arnaldo Versiano
» GERAL: Falta estrutura nas casas populares
Conheça as marcas que potencializam o crescimento da cidade
