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Cotidiano

Só sendo mãe, só sendo mãe...

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Volta e meia ouço pitacos de mulheres não mães que querem dar dicas de como aquelas que são mães devem agir com suas crianças. Acho interessante, mas não consigo considerar uma virgula do que elas dizem. Eu fico as julgando internamente, fico matutando, fico meditando. Eu canto um mantra interno assim: “só sendo mãe, só sendo mãe...”.

Frases clichês como esta e tantas outras só se repetem porque o peso da experiência materna as confirmam continuamente. Realmente, pra entender, pra se meter, pra ter direito de opinar, só sendo mãe.

Um dia li um texto de uma jornalista/mãe que falava de uma experiência interessante relacionada a este assunto. Uma amiga dela, não mãe, executiva das boas, com carreira bem sucedida, daquelas de dar inveja (não a mim, mas tudo bem), quis dar conselhos para ela. A jornalista estava toda preocupada, pois deveria voltar ao trabalho em poucos dias, após passar cinco meses colada na sua recém-filha.

Ela estava encantada com a maternidade e apavorada em ter que deixar seu bebê num berçário o dia todo dali a pouco tempo. A filha dela mamava no peito, mamava muito, o tempo todo. Ela adorava os momentos com a filha, mas não podia abrir mão do trabalho naquele momento. Ainda assim, cogitou a possibilidade de trabalhar em casa, de prestar outros serviços, de arriscar.

A amiga conselheira lhe fez um longo discurso. Disse que ela não poderia abrir mão daquele trabalho, não só pela questão financeira, mas pela autonomia, vida social, carreira, enfim. Ela deu a maior lição de moral na amiga. Resumindo, a jornalista saiu murcha, mas seguiu seu coração e foi trabalhar em casa, mais perto da sua cria. Até hoje sobreviveu e sente o maior orgulho de estar perto da sua pequena, vendo seu desenvolvimento e participando diretamente da sua educação.

O que achei demais foi o que a amiga conselheira viveu depois disso. Adivinhem. Ela virou mãe. Ela caiu de cabeça nesse mundo novo. E mais, ela se encantou, se apaixonou, morreu de amores por todos os assuntos relacionados ao desenvolvimento da sua pequena criança. E adivinhe de novo. Ela abriu mão da carreira bem sucedida, mas claro, com o pé no chão, com foco. Decidiu abrir um negócio próprio, assim poderia estar em casa com muito mais flexibilidade. E assim ela viveu feliz pra sempre.

Achei interessante essa história. Lendo o relato eu cantei meu mantra novamente: é realmente assim, só sendo mãe, só sendo mãe... Se você é mãe sabe o que eu estou dizendo. Tudo muda não é? Muda a vida, o mundo, o foco. Comigo foi assim. E fico feliz em ver que mudei, que cresci. Dá vontade de mudar mais, de crescer mais. Santa maternidade que nos ensina todos os dias e que nos concede o certificado de experiência no quesito SER mãe!