O delegado Airton Ferreira já havia caracterizado como uma operação histórica. A comprovação de que falava a verdade está no emaranhado de ações irregulares detectadas em diferentes setores do Poder Público de Içara. Foram três inquéritos. Um deles exclusivamente sobre a Prefeitura e outros dois referentes ao Samae. Os últimos relatórios chegaram ao Fórum de Içara nesta terça-feira, dia 2.
Ao todo a Operação Moralidade repercutiu em 34 indiciamentos. Os crimes apontados foram diversos e chegaram a envolver de alguma forma 28 pessoas. Resta ao Ministério Público agora oferecer denúncia, ou não, contra elas. A expectativa é que isto ocorra somente após a eleição. O fator determinante nem é o pleito. A previsão decorre de os processos não terem sido levados ainda à vista da promotoria.
Em comum em todos os inquéritos figurou apenas um nome. Ex-diretor administrativo do Samae, RFP ocupou também a presidência da Comissão de Licitações e, além disso, foi prestador de serviço tanto para a autarquia municipal quanto a Prefeitura. Conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, o vazamento de recursos no Paço Municipal servia para pagamento de dívida eleitoral de 2008. Já no Samae, foram encontrados depósitos ao ex-presidente do órgão, PPN.
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