Com a volta de Lucimara Ferreira à rede municipal de Criciúma, onde é funcionária de carreira desde 2017, a titularidade da Secretaria Municipal de Saúde de Içara está vaga. “Sua saída acabou ocorrendo como um consenso. Construímos isso diante de algumas situações que aconteceram nas últimas semanas, como alguns desentendimentos internos. A alternativa acabou sendo pela sua saída”, justifica o prefeito Murialdo Canto Gastaldon (MDB).
“Quero para esta função alguém que atue de forma semelhante a Lucimara, que seja uma pessoa técnica, que conheça o SUS, que realmente compreenda o papel de gestão pública”, afirma o prefeito. Até que o novo nome seja definido, a secretaria será comandada interinamente pela coordenadora de Atenção Básica, Iane Savi. “Já vinha acompanhando os trabalhos que eram realizados, por isso com certeza conseguirá dar sequência. E com isso vamos definindo com todo cuidado um novo nome”, indica.
Ex-secretária evita falar do assunto
“Realmente prefiro me abster de falar sobre qualquer situação. Infelizmente esta minha saída acabou acontecendo, não queria ter deixado o cargo, mas foi algo que aconteceu e a partir desta semana não respondo mais pela pasta”, confirma Lucimara em entrevista ao Jornal Gazeta. “Eu era a indicação de um partido. Fui para a secretaria como uma indicação partidária. E pelo que sei, o partido pediu para que eu saísse da secretaria, o que acabou acontecendo”, apontou.
A enfermeira, entretanto, não quis comentar quais os motivos que teriam levado a este pedido de afastamento. Na última semana, contudo, foi publicado um decreto pelo prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB), com o fim da licença sem remuneração de Lucimara. Como o vice-prefeito de Criciúma, Ricardo Fabris, é do PSD, especula-se a possibilidade de uma manobra do partido para que ela voltasse às funções no município vizinho.
Presidente do PSD nega interferência
O presidente do PSD em Içara, José Zanolli, nega que houve interferência do partido para a decisão da saída de Lucimara do cargo de secretária municipal de Saúde. Ele sustenta que o fato foi exclusivamente motivado pela exigência de seu retorno por parte da Administração Municipal de Criciúma e garante que não houve qualquer ação do partido na cidade para que isso acontecesse.
“A decisão não foi nossa. A decisão foi do município de Criciúma, que publicou um documento pedindo o retorno da Lucimara. E foi isso que ela fez. Voltou para Criciúma. É concursada lá, então a partir desta chamada ela voltou”, diz o presidente da sigla na cidade. Zanolli ressalta ainda que o partido não tem definição quanto a um novo indicado para chefiar a pasta da Saúde. “Não temos um novo nome. Estamos começando a conversar agora, depois que tudo isso aconteceu, para ver qual caminho será seguido”, comenta.
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