O secretário da Fazenda Márcio Dalmolin deve ficar fora da cidade por alguns dias até que os ânimos se acalmem. O temor dele é quanto a integridade física. Considera inclusive a possibilidade de pedir proteção na Justiça. Isto por conta da emissão do alvará para a Mina 101 e dos ataques verbais do prefeito Gentil Da Luz.
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O documento foi assinado na última sexta-feira. Contudo, de forma sigilosa. “Ninguém mais sabia”, atesta. Procurado na segunda-feira, dia 23, Márcio chegou a declarar que ainda não havia expedido a licença para funcionamento do complexo em Santa Cruz. “Estava me poupando. A situação é complicada por conta da pressão para que eu fizesse o que acredito ser errado”, manifesta.
“Acharam que eu ia me borrar todo numa situação desta. Fiz a coisa certa. Eu não vou correr o risco de ser processado por improbidade administrativa. Era uma questão técnica, extremamente administrativa. Não misturei política em cima disso”, completa. Quanto a exoneração, Márcio garante que sai com tranquilidade e com o sentimento de dever cumprido. “Fui imparcial”, considera.
“Só acho que o prefeito pegou pesado. Falou da minha integridade moral. Ele não pode fazer isto”, reclama quanto a declaração de que traiu Içara. “O Zé Zanolli [vice-prefeito e presidente do partido de Márcio, o PSD] me alertou. Mas não esperava esta situação da mina”, também comenta. “Fui convidado pelo prefeito para ser secretário. Do contrário, eu estaria fora da Prefeitura. Hoje enxergo que pode ter ocorrido uma segunda intenção. Mas isto não afetará a minha pré-candidatura a vereador”, pontua.
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