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Jovem busca por doação de medula

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“Um pouco de você pode ser o que Rafael precisa”. Essa é a campanha lançada por amigos e familiares de Rafael de March Teixeira, que está sendo realizada através das redes sociais (@eporvocerafael) e também nas ruas com inúmeros atos de panfletagem por toda a região. As ações estão acontecendo na tentativa de ajudar o jovem, de 28 anos, morador do bairro Jardim Itália, em Cocal do Sul, que em novembro de 2011 descobriu que estava com leucemia e agora tenta encontrar um doador de medula óssea para buscar a recuperação.

Quando Rafael fez todo tratamento quimioterápico. Após isto, ficou um ano e dois meses realizando acompanhamento médico e quando faltava dois meses para receber alta, no último mês de maio, constatou que a doença havia voltado. “Hoje a minha única esperança é esta doação. Tenho dois irmãos mais novos, mas infelizmente eles não são compatíveis comigo, por isso estamos realizando uma campanha na tentativa de conseguir um doador”, relatou o jovem.

A descoberta da leucemia, tipo LLA, aconteceu através de exames de rotina, quando foi constatada uma alteração. Fazia pouco mais de um mês que havia se casado, e ele conta que o apoio da esposa, junto com a família e amigos, foi o que lhe manteve com forças para lutar contra a doença. “Eles me deram todo o apoio necessário e é por isso que estou conseguindo suportar a leucemia”, contou.

“No diagnóstico a gente perde o chão, mas com muita força e com o apoio da família a gente vai conseguindo vencer a quimioterapia, que é uma batalha difícil, com medicamentos muito fortes, que nos fazem passar mal. A princípio tinha dado tudo certo, mas foi constatado o retorno da doença. Estou nesta luta com muita força e muita garra, porque desistir é uma palavra que não está dentro do meu dicionário”, acrescentou Teixeira.

Na próxima semana ele, que é técnico em mecânica, pode voltar a ser internado para intensificar o tratamento, que está sendo realizado no Hospital São José, em Criciúma. “A principal mudança na minha vida com a leucemia foi que o foco passa a ser integralmente no tratamento, você passa a ter uma vida muito limitada, seja no físico ou na alimentação. Para nós o tratamento acaba vindo sempre em primeiro lugar. Depois que descobri a leucemia a minha vida parou, trabalhava e praticava vários esportes e agora não faço mais isso. Vivo em função do tratamento, este é o foco”, contou.

Conforme informações do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) de Criciúma, as chances de conseguir um doador compatível que não seja familiar são bem baixas, de um a cada cem mil. No entanto, Rafael não perde a esperança. “Lutar sempre, desistir nunca”, pontuou.

Mas, de acordo com o jovem sul-cocalense, o pedido não é só por ele. “Como eu, há vários outros casos Brasil afora, então é importante que as pessoas vão até o Hemosc e se cadastrem. É um processo muito rápido, se não me ajudar, vai acabar ajudando outra pessoa”, colocou.

As pessoas que têm interesse em realizar doação de medula óssea, devem comparecer ao Hemosc para que seja possível recolher 5ml de sangue que irão para análise. O local de atendimento na região fica na avenida Centenário, bairro Santa Bárbara, em Criciúma, e o funcionamento acontece de segunda a sexta-feira, das 8h às 18 horas, sem fechar ao meio-dia. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (48) 3433-6611.

“São requisitos bem básicos. A pessoa deve ter entre 18 e 54 anos, estar bem de saúde e apresentar um documento com foto. É bem simples. Chega no hemocentro, faz o cadastro, assina o termo de consentimento e coletamos uma pequena quantidade de sangue para fazermos o exame de compatibilidade sanguínea”, relatou a assistente social do Hemosc de Criciúma, Simone Nandi.

No entanto, embora haja um trabalho especial em cima da causa de Rafael, quando o possível doador não é da família, não há doação dirigida. “Esta amostra fica no Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), que tem uma relação de possíveis doadores e de receptores. Não existe esta história de vir e doar diretamente ao Rafael, mas claro que se for compatível com ele, provavelmente será contemplado, mas esta é uma situação que fica no Redome”, pontuou a assistente social.

Após deixar o registro no cadastro nacional, se for encontrada uma compatibilidade, o candidato a doador é chamado para refazer o exame e se der tudo certo, então a doação é realizada. “Sempre procuramos deixar claro que ao doador será um incomodo passageiro. Mas para o paciente, será a diferença entre a vida e a morte”, ressaltou. Após entrar no cadastro de doadores, o cidadão fica até completar 60 anos.