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Em 1984 explosão virou tragédia em mina

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Uma das tragédias que mais marcaram o Sul do estado ocorreu em 10 de setembro de 1984. Ao todo, a explosão às 5h30 na Mina Plano 2 matou 33 mineiros da Companhia Carbonífera Urussanga. No momento do acidente, 80 mineiros haviam iniciado o trabalho numa galeria há 80 metros de profundidade e um quilômetro de distância do único acesso. A mina aberta em 1978 era considerada como uma das mais aparelhadas para a ventilação.

Até o inicio da noite daquele dia fatídico no Distrito de Santana, as apenas o corpo de um operário havia sido retirado. Outro mineiro chegou a ser visto pelos bombeiros, mas não pôde ser resgatado devido ainda a densa nuvem de gás. Apenas oito bombeiros estavam no local. Todo o trabalho de resgate foi prejudicado porque faltava também equipamento na região.

Os dirigentes da empresa acreditavam que a explosão poderia ter acontecido por um descuido ao conduzir ou acionar os 80kg de dinamite que estavam prontos para serem explodidos ao amanhecer. Ao todo foram decretados três dias de luto oficial em Urussanga. A Mina Plano 2 tinha 1,1 mil empregados. A unidade do Grupo Zanetti Toledo garantia 100 mil toneladas de carvão bruto por ano.

A efetiva retirada dos corpos dos mineiros iniciou três dias após o acidente com a dissipação da nuvem de gás metano e monóxido de carbono numa parte da mina. Os corpos encontrados foram conduzidos até um galpão transformado em necrotério, ao lado do hospital Nossa Senhora da Conceição, em Urussanga. Mas ao contrário do que as autoridades municipais e religiosas desejavam, não aconteceu o enterro coletivo para evitar manifestações de revolta de familiares e amigos.