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Içarense seria o líder em roubo de medicamentos

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O empresário içarense Hildebrando Moreti, de 28 anos, preso em Cachoeirinha (RS) durante a Operação Genéricos, é apontado pela polícia como um dos principais coordenadores da quadrilha gaúcha especializada na receptação, desvio e roubo de medicamentos. Moreti também seria amigo pessoal de Samir Padilha - dono de uma rede de farmácias na região Sul do Estado -, com quem mantinha negócios. A polícia deverá solicitar à Justiça o pedido de prisão preventiva dos acusados (presos temporariamente). A informação foi repassada ontem, pelo delegado do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul, Eroni Almeida.

Segundo o delegado, o empresário criciumense nega que tenha qualquer ligação com Moreti e integrantes da quadrilha que movimentava mi- lhões em remédios roubados. "Ele alega, o tempo todo, que emprestou uma certa quantia em di- nheiro para o acusado. Disse ainda que não havia recebido os valores, motivo que o levou, de acordo com ele, a manter contato com Moreti", explica Almeida. "Mas é cedo para afirmarmos como realmente funcionava o esquema, pois outras pessoas, que também acabaram presas na operação no Rio Grande do Sul, ainda não foram ouvidas." Os acusados estão presos na carceragem da Deic, em Porto Alegre.


Computadores e documentos estão ainda sob análise

A polícia também segue analisando computadores e documentos apreendidos em um escritório de contabilidade que presta serviço para Padilha. No local foram encontrados ainda medicamentos (roubados), documentos fiscais, entre outros papéis. "Os objetos estão passando por uma espécie de triagem. Tudo será devidamente analisado, a fim de encontrarmos indícios que comprovem os crimes", diz Almeida. Até agora, segundo a polícia, sabe-se apenas que a quadrilha lesou distribuidoras de remédios e instituições hospitalares em pelo menos R$ 1 milhão.

Hildebrando Moreti foi preso em um apartamento alugado há quatro meses num prédio de classe média da Vila Eunice, em Cachoeirinha. No local foram apreendidos documentos e um BMW. Logo após, com um mandado de busca e apreensão, os agentes foram até uma das farmácias do empresário em busca de medicamentos controlados, contrabandeados e possivelmente roubados. De acordo com a polícia, o estabelecimento foi lacrado pela vigilância sanitária. "O empresário, que possui farmácias no Rio Grande do Sul, estava abrindo mais uma em Santa Catarina", diz o delegado.


Medicamentos eram roubados no Rio Grande do Sul

Em Criciúma a Operação Genéricos cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco farmácias da rede de Samir Padilha, três delas na área Central de Criciúma, uma no município de Içara, e outra em Joinville, no Norte do Estado. "Mais de mil unidades de medicamentos foram apreendidas em pelo menos dois estabelecimentos. Os medicamentos constam em lotes que foram roubados de caminhoneiros no Rio Grande do Sul", explica o chefe do Departamento de Capturas da Deic, delegado Guilherme Wondracek. Padilha foi preso em casa, no bairro Mina do Mato.

Ao todo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, foram cumpridos nove mandados de prisão e 21 de busca e apreensão. A polícia investigava a quadrilha havia mais de cinco meses. Além de medicamentos e computadores, foram apreendidos ainda seis veículos, quase todos importados.