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Cotidiano

A vida de mãe que não está no comercial

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Geralmente quando vemos alguma propaganda sobre a maternidade, aparecem cenas de bebês calminhos e mães de pele linda e maquiada acariciando seus anjinhos. É lindo. São cenas que emocionam, mas, a realidade nem sempre é essa. Ao menos, a meu ver, para as mulheres que vivem inteiramente a maternidade, o dia a dia com os filhos é cheio de momentos intensos e de muitas superações.

É claro que nós mães temos um amor infinito por nossos filhos e que eles são lindos, fofos e amáveis. Mas, a parte da mãe de pele linda e maquiada não é tão real assim. Na maior parte do tempo, principalmente nos primeiros meses após a chegada dos bebês, estamos geralmente cansadas, com olheiras e até descabeladas. Existe uma demanda de cuidados necessários que um bebê precisa como, amamentar a cada 2h ou 3h, trocar fralda, dar colo, colocar para dormir, cuidar das roupinhas delicadas e tantas outras exigências.

Além disso, existe toda a mudança emocional que passamos, que precisamos assimilar, compreender e assumir. É maravilhoso quando temos alguém por perto que possa ajudar nas tantas outras tarefas que ficam a espera, mas nem sempre isso é possível. Na realidade, acredito que existem muito mais mulheres que precisam se virar nos 30 para dar conta de tudo, do que mulheres que tem a sorte de contar com a ajuda de babás e faxineiras no dia a dia. É claro que contamos muito com o suporte das vovós, madrinhas e titias, mas a obrigação maior fica com as mães, ou ao menos deveria ficar.

Recentemente um vídeo circulou nas redes sociais destacando a iniciativa de uma agência americana que resolveu homenagear as mães de uma forma muito criativa. Eles divulgavam uma vaga de emprego para o cargo de “diretor de operações” e apenas destacavam que este seria o emprego mais difícil do mundo. O anúncio dizia que os interessados à vaga teriam que trabalhar 135 horas por semana, ou mais. A função precisaria ser exercida em pé, na maior parte do tempo e era exigida ainda a capacidade de improvisar e ter paciência infinita.

Também não eram previstos horário para almoço e nem dias de folga. O mais estranho era que para essa função não haveria salário. Mesmo com estes requisitos absurdos, 24 pessoas se candidataram a vaga. Apenas no final da entrevista, foi esclarecido que a função já era exercida por milhões de pessoas no mundo, as mães. É desse intenso trabalho de mãe que não falam com tanta frequência nos comerciais e nas revistas.



Mas é desse tipo de trabalho que precisamos saber antes de entrar na emocionante aventura da maternidade. Afinal, se é pra viver esta dádiva, que seja por inteiro, com todas as alegrias e dissabores que a acompanham. Seria muito fácil delegar a parte difícil para terceiros, como tantas vezes tenho visto por aí. Ser mãe de verdade é abraçar essa vida nova com muito entusiasmo, mas também com uma boa dose de realismo e de maturidade. Afinal, junto com os filhos vêm as privações, o aprendizado e um mundo novo cheio de emoções e surpresas. Desejo que todas as mulheres, ao se tornarem mães, se abram para esta grande mudança e absorvam a sabedoria nela contida. Eu amo esta vida de mãe!