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Cotidiano

Aids não tem face, cor ou opção sexual

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Carla [nome fictício] descobriu a cinco anos que possui o vírus da imunodeficiência adquirida. Contraiu o vírus do parceiro num relacionamento de 13 anos. “Descobri que ele estava me traindo muito”, conta. A descoberta ocorreu com fraqueza e fortes dores nas costas. “Fui parar no hospital e, em meio à bateria de exames, veio o diagnóstico”. A aceitação foi difícil. Mas Aids virou um marco. “Hoje ajudo as pessoas a se conscientizaram e a procurarem lutar contra a doença, pois quando mais cedo o diagnóstico for feito, o tratamento responde melhor, e não há chances de transmitir a doença”, diz, atualmente, com 42 anos.

“Eu morava sozinha, mas aos poucos fui me adaptando”, recorda. “Aqui encontrei uma verdadeira família”, fala, referindo-se ao programa DST/Aids. “Eles fizeram toda a diferença em minha vida, são pessoas muitos especiais”, coloca. A estudante do ensino médio pretende cursar o ensino superior. Carla é um dos 380 portadores em tratamento na cidade. “Todos os pacientes são acompanhados desde que descobrem a doença. A partir disso, eles passam por médicos, enfermeiros, psicólogos e nutricionistas, um acompanhamento completo e gratuito”, explica a coordenadora do programa, Samira Abdenur.

De acordo com Samira, além do acompanhamento, o Programa também disponibiliza em todas as unidades de saúde de Içara o teste rápido. “Antes tínhamos o teste somente aqui, agora ampliamos para mais pessoas poderem ter acesso”, diz. Segundo a coordenadora, o teste dura dez minutos e o resultado sai na hora. “É muito simples e não é doloroso, o dedo é perfurado e o sangue é colocado em uma lâmina”, explica.

Entre todos os pacientes, 10% são da faixa etária de idosos, o restante varia entre jovens e adultos. “A Aids é uma doença crônica. É necessário ter cuidados, acompanhamento, mas tomando os coquetéis todos os pacientes conseguem continuar seus projetos de vida”, coloca. O mais difícil segunda a coordenadora é monitorar o acompanhamento dos pacientes usuários de drogas. “O tratamento é mais complicado, por isso trabalhamos em conjunto com a Subsecretaria de Política Pública sobre Drogas”, explica.

Samira chama a atenção que o uso de preservativo ainda é a melhor maneira de evitar a transmissão, não somente do HIV, mas também de todas as doenças sexualmente transmissíveis. Já o secretário de Saúde, Lauro Nogueira, ressalta que a orientação do Ministério da Saúde é testar e tratar todos. “Com este procedimento o risco de transmissão diminui porque a medicação impede a replicação viral”, explica. O tema da campanha neste ano é “Aids não tem cura, preconceito tem” tem uma caminhada agendada para esta segunda-feira, dia 1, com saída do Paço Municipal às 19h até a Igreja Matriz São Donato.