Dentre 899,9 mil indígenas no país, 517,4 mil (57,8%) viviam em terras oficialmente reconhecidas na época da realização da pesquisa, em 2010. Outros 298,871 mil (33,3%) estavam em áreas urbanas. Além disso, 80,663 mil (8,9%) habitavam áreas não reconhecidas pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Os dados fazem parte do Atlas Digital do Brasil 2016 elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os Xavantes estão entre os mais numerosos em todos os estados da região Centro-Oeste, e os Guarani Kaiowá, com penetração em toda região Sul e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste. O Caderno Temático identificou 274 línguas indígenas no Brasil. Em áreas demarcadas, 57,3% daqueles com mais de cinco anos falam ao menos uma dessas línguas. Em áreas rurais, este percentual chega a 24,6% enquanto em áreas urbanas cai para 9,7%.
Quanto a taxa de fecundidade, em terras indígenas há aproximadamente cinco filhos para cada mulher. Nas áreas rurais, a proporção caiu 4,2 filhos por mulher. Já nos centros urbanos a média chegou a 1,6 filho por mulher. “Há um envelhecimento significativo da população indígena que vive em áreas urbanas do país, principalmente nos grandes centros”, aponta a demógrafa de mapeamento populacional Indígena do IBGE, Nilza de Oliveira Martins.
Além do site [www.ibge.gov.br], o IBGE lançou também um aplicativo. A ferramenta possibilita analisar os 780 mapas do Atlas em um ambiente interativo que permite a navegação pelo mapa, alterar a escala de visualização, ver e exportar tabelas e arquivos gráficos, personalizar o mapa superpondo temas de várias fontes, gerar imagens, salvar o ambiente de estudo para posterior análise e abrir um ambiente personalizado de estudo.
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