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Cotidiano

Casan avalia possibilidade de retorno

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A presença mais frequente de técnicos da Casan na sede do Sistema Autônomo Municipal de Água e Esgoto aponta para uma tendência. A empresa estadual avalia a possibilidade de assumir o abastecimento de água de Içara como já ocorreu no passado. Desta vez, junto com o esgotamento sanitário. A justificativa é a perspectiva de 40% de queda na arrecadação a partir da divisão do Rincão ao final de 2013 e a falta de acesso a uma fonte de captação de água.

“Ainda não tenho o desenho de uma saída. A conversa com a Casan é embrionária. Mas temos que acelerar a discussão com a intenção do Rincão de assumir o tratamento de água até dezembro. Vamos chamar as entidades e os servidores para uma audiência pública baseada em números”, explica o prefeito Murialdo Canto Gastaldon. “Sempre fui favorável a gestão compartilhada”, complementa.

A gestão compartilhada já chegou a pautar uma audiência pública em 2010. Mas acabou recusada pela população. Na época a proposta da Casan intermediada por Sandro Giassi Serafin era duplicar o esgotamento sanitário e R$ 8 milhões para obras. “Já se falava que Içara iria ficar sem água. A parceria pode ser com a Casan ou qualquer outra empresa. Vamos ver a melhor proposta. Sou contra apenas a privatização”, coloca agora como vice-prefeito.

Somente para a conclusão do esgotamento sanitário, Murialdo indica que restam mais R$ 3 milhões para investimento. Com o corte no faturamento, a dúvida é se haverá possibilidade de honrar os pagamentos. A falta de suficiência neste caso decorre do atraso da obra. Desde junho o Samae paga parcelas de R$ 80 mil referentes ao financiamento sem ter a receita que o serviço deveria gerar.

“Nós queremos e o Município precisa devido ao crescimento que representa na região Sul de Santa Catarina. Por ora o abastecimento não está comprometido. Mas para garantir este crescimento será preciso de investimentos. Em oito anos não houve aplicação de recursos em obras que pudessem dar esta certeza para o futuro. Já fizemos uma visita na cidade para levantar as necessidades mais urgentes. Este relatório vai balizar a continuidade da conversa”, sinaliza o superintendente da Casan, Vilmar Bonetti.

A dívida do Samae com a Casan alcança atualmente R$ 2 milhões em água comprada e não paga. Além disso, existe o debate judicial sobre o patrimônio tomado pela autarquia quando ocorreu a instalação do sistema municipal. O Samae atende atualmente 29,2 mil unidades consumidoras. São 16,2 mil ligações em Içara e 12,9 mil no Rincão. Em outubro, o faturamento chegou a R$ 1,175 milhão. “Com a saída do Rincão, as despesas serão maiores que a arrecadação”, coloca. O balneário representa uma diferença de R$ 468 mil.

“Recebi uma ligação dos funcionários na quarta-feira. O que fomos informados até agora é que não há nada de concreto. O compromisso é que os empregos não serão afetados e a categoria será ouvida”, coloca a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Içara, Edna Benedet. “Pedi que a comissão montada pelos servidores do Samae levante os números para ver a viabilidade do Samae. Tem que ser feito um debate com muita tranquilidade e transparência”, completa também como vereadora.

"Se for bom para a população e o Município, serei a favor. Mas a Casan ficou 30 anos e não mostrou nada. Será que vão fazer tudo o que for requisitado agora? Enquanto não provarem que vai trazer benefícios para a cidade, serei contra", coloca o servidor efetivo na autarquia Rodrigues Mendes. Ele é atualmente também vereador e, portanto, tem direito a voto na Câmara Municipal.

OPINIÃO - O Canal Içara quer saber a opinião dos internautas sobre o assunto. Para isso lançou uma enquete no portal. São cinco opções para a votação. As escolhas variam entre a permanência do sistema municipal como é atualmente, a administração apenas do esgoto, administração apenas da água, a dissolução total ou então a declaração de opinião ainda não formada do leitor. Em qual você se encaixa?