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Cotidiano

Coberturas vacinais baixas contra sarampo e paralisia infantil geram alerta

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Até completar 15 meses um bebê precisa ir pelo menos oito vezes na Unidades de Saúde para proteger-se contra sarampo, caxumba, rubéola, paralisia infantil (poliomielite) entre outras doenças. Emas e Içara, a Vigilância Epidemiológica do município está em alerta devido à baixa procura. “Além da paralisia infantil, há preocupação principalmente com doenças como o sarampo e a coqueluche (tosse comprida)”, indica a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica de Içara, Laura Maté.

“Como a vacinação em massa pela rede pública ocorre desde a década de 1970, com a introdução de diversas vacinas ao longo dos anos, a população deixou de vivenciar o medo e o perigo de doenças e surtos como de meningite C, paralisia infantil e sarampo, por exemplo. Doenças como a coqueluche (tosse comprida) também tiveram uma redução grande, mas ainda são registrados casos na região, e a doença pode ser muito grave e até fatal em crianças menores de um ano”, avalia.

“Todas as vacinas que entram para o mercado, tanto para a rede privada quanto para a rede pública, passam por um longo processo antes de ser utilizada em humanos. Além disso, o risco de contrair as doenças e ficar com uma sequela grave ou morrer é muito maior do que o risco que qualquer reação à vacina possa trazer”, adverte. Em 2017, a meta no município para a vacinação de tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) foi atingida, no entanto, o órgão constatou um grande número de adultos sem comprovante vacinal ou com vacinação incompleta, tornando-os suscetíveis a contrair essas doenças.

Também em 2017, no caso da vacinação contra a paralisia infantil, que deveria alcançar 95%, o número ficou em 93%. “Apesar da pequena diferença, o município ficou classificado como de alto risco, pois é uma doença grave que está em processo de erradicação no mundo. Uma cobertura de menos de 95% abre possibilidade para ocorrência de surtos. Como ainda há casos da doença em alguns países do mundo, com grande número de viajantes internacionais, pode ocorrer a reintrodução da doença em locais com baixa cobertura”, esclarece.

Risco aos turistas

De acordo com a coordenadora de Atenção Básica da Secretaria de Saúde, Iane Savi, outro fator de grande preocupação é o número significativo de viajantes da região que vão principalmente para os países da Europa em que há a circulação do vírus do sarampo. “O ideal é que todos tivessem se vacinado 15 dias antes de viajar. Como há um grande número de casos também em vários países da Ásia e África, assim como nos estados brasileiros de Roraima e Amazonas, as pessoas devem procurar uma Unidade de Saúde antes de irem para esses destinos”, informa.