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Agência Brasil

Cotidiano | 24/07/2015 | 07:30

Comprimido contra dengue aguarda Anvisa

Especial de Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil

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Após anos de pesquisa, um composto desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destinado a combater o mosquito da dengue está pronto para ser colocado no mercado pela empresa associada ao Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia. Para que isso ocorra, a BR3 aguarda a aprovação do comprimido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O modelo tecnológico que permitiu a criação do comprimido foi desenvolvido pela pesquisadora Elisabeth Sanchez, da Fiocruz. A drágea contém um microorganismo chamado Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) que, quando ingerido pelas larvas do mosquito transmissor da doença, impede a proliferação. O composto inviabiliza o criadouro do mosquito por um período de 60 dias.

“O comprimido se dissolve e libera microorganismos que intoxicam a larva do mosquito da dengue”, explicou Rodrigo Perez, diretor da BR3. A substância, segundo ele, poderia até ser usada em água potável, mas isso ainda depende de aprovação da Anvisa. “Esse bacilo, segundo a OMS [Organização Mundial da Saúde], não é perigoso a humanos”, aponta. O preço estimado do produto, na fase inicial, é R$ 30 por dez doses.

“Cada dose pode ser usadas para tratar 50 litros de água que já tenha a larva. Um comprimido em 50 litros de água provoca a morte da larva em até 24 horas. E isso dura pelo menos 60 dias”, completa. A expectativa é que, em até um ano, o produto esteja disponível no mercado. “Hoje fazemos o controle físico, que é cobrir ou tampar as caixas de água. E isso não é fácil. O vaso sanitário, o ralo do banheiro, o vasinho de flor, você não vai eliminar”, afirma Rodrigo.