Falta de água afeta avicultura em Sta Cruz

Sem água suficiente no lençol freático para bombeamento a menos de 10m, Renato Baldissera entrou nesta semana para a lista de propriedades atendidas pelo abastecimento de água com caminhão pipa. Atualmente ele consome 10 mil litros por dia para manter 25 mil frangos em crescimento. E a estimativa é que o volume só aumente. “Quanto maiores os frangos, maior também será o consumo”, indica.

Igualmente como a propriedade em Santa Cruz, há 14 famílias no interior da cidade que apontaram também a dificuldade. Mas nem todas estão sendo atendidas por opção dos próprios moradores. No caso de Renato, o abastecimento está sob a responsabilidade da Carbonífera Rio Deserto devido ao indício do problema ter sido provocado pela atividade mineradora. A empresa contesta essa versão.

Quanto a água recebida, o avicultor levanta dúvida agora sobre a qualidade. Uma mostra foi coletada para análise. “O questionamento é por causa do tom amarelo”, ressalta. Conforme a engenheira ambiental Rosimeri Venâncio Redivo, toda a água é adquirida da Casan/Samae. “Antes mesmo de uma decisão judicial já havíamos decidido abastecer ele como uma política de boa vizinhança. Vamos construir um poço para provar que não falta água”, pontua ela.