Cotidiano | 30/12/2009 | 00:55
Içara há 48 anos emancipada
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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Considerado o município que mais cresce na região Sul de Santa Catarina, tem mar, lagoas, é cortado pela BR-101 e faz divisa com Criciúma, sede da área metropolitana. Neste dia 30, a cidade conhecida como Capital do Mel e do Fumo completa 48 anos de emancipação política. Içara chega próximo do cinqüentenário com a segunda maior população da Região Carbonífera. Conforme o IBGE, são mais de 57 mil moradores que juntos movimentam quase R$ 700 milhões por ano.
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Instalada em 30 de dezembro de 1961, a história de Içara é bem mais antiga do que isso. Em 1898, já tinha até mesmo uma escola montada e destinada aos açorianos de Urussanga Velha. Ou seja, são mais de 100 anos de colonização. Em 1909, registros coletados por João Canônico relatam também a existência de 39 núcleos familiares na Primeira Linha. E, outras sete famílias na Segunda Linha, atual Vila São José.
Ainda entre os principais registros sobre a cidade, há um de repercussão internacional. Em 1920, a comunidade de Urussanga Velha, pertencente até então à Araranguá, figurou em importantes jornais da Inglaterra. Isto por causa da morte de dois pilotos na Lagoa dos Esteves. John William Pinder era inglês, com experiência de guerra. E Aliatar Araújo Martins, era um aviador brasileiro. Eles tiveram que fazer uma parada obrigatória devido a problemas no hidroplano. E, acabaram morrendo antes do conserto. Ambos foram enterrados na comunidade, sendo os primeiros corpos a ocuparem o cemitério que ficava no arredor da igrejinha.
Por causa da repercussão do fato, Urussanga Velha acabou compondo o distrito de Aliatar Martins. Conforme relatos coletados pela historiadora Derlei Catarina De Luca, a comunidade tinha até mesmo hotel. E, era maior do que atualmente. Servia como ponto de passagem entre as povoações de Laguna e do Rio Grande do Sul. Contudo, a construção da ferrovia na década de 1929 desviou o crescimento.
Foi com a construção da linha férrea que surgiu o nome da cidade. Na época, os operários que trabalhavam na obra observaram uma grande quantidade de palmeiras. Por isso, passaram a dar um nome próprio para o Km 47 da ferrovia. A planta contida em abundância na região se chamava Içaroba, sendo conhecida ainda como Jiçara.
Em 1º de janeiro de 1926, a comunidade já conhecida como Içara passou a pertencer ao município recém criado, Criciúma. Segundo a historiadora Derlei Catarina De Luca, somente em 1961, Içara foi emancipada por um decreto assinado em 26 de dezembro de 1961. Ainda no mesmo mês, no dia 30, Ascendino Pavei foi nomeado o primeiro prefeito pelo governador Celso Ramos.

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