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Cotidiano

Inibidor do vírus Zika deve levar 10 anos para ser produzido em larga escala

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Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco descobriram substância que pode bloquear o vírus Zika. Mas ainda serão necessários anos de estudo antes que a 6-metilmercaptopurina ribosídica (6MMPr) vire um medicamento a ser produzido em larga escala. A substância imita uma parte do vírus, que é inserida no genoma do zika e para a reprodução. O sucesso obtido pelos pesquisadores foi de mais de 99%.

A substância, sintética, é do grupo das Tiopurinas, origem de medicamentos contra o câncer. Esse tipo específico, no entanto, nunca foi utilizado. Os pesquisadores da Fiocruz trabalhavam com a 6MMPr em um outro estudo para combater um vírus de cachorro, a Cinomose canina. “Por ser um vírus de RNA, assim como o Zika vírus, nós formulamos a hipótese que também funcionaria contra o zika”, conta o coordenador da pesquisa, Lindomar Pena.

Para levar o estudo à frente, a equipe utilizou material e recursos humanos de outras pesquisas financiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), já que, segundo Lindomar, no período de um ano não surgiu nenhum edital para financiamento de investigações de substâncias contra o zika.

Apesar da conquista, ainda há muitas etapas – e anos – até que a substância possa ser produzida em larga em escala como um medicamento. De acordo com Lindomar, o tempo médio até que isso ocorra é de 10 anos. “Mas, por causa da importância e da gravidade do zika, pode ser que esse período possa ser reduzido pela metade”, estima. O próximo passo é o teste em camundongos. São necessárias ainda outras duas espécies de animais até chegar ao teste em humanos.